Tento não coagular os desejos,
Que marmorizam-me faminto,
Que denuncia queijo,
E o cheiro a quilômetros sinto.
Tais cobiças não posso alimentar
Porque nenhuma resposta recebo,
Recibo que tenho de aceitar
Num tchau alegremente acerbo.
Todos os dias tento me controlar
E ainda não consigo quando sou percebido,
Diluindo com um leve machismo no ar
E vendo o que já foi triturado ser incansavelmente dividido.
E piora a cada maçante semana,
Quanto mais qualho mais incontrolável,
A cada despedida a esperança engana,
Torcendo este ser deplorável,
Num sorriso de moinho de cana.
Vidal de Sousa
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