A poesia louca volta a incomodar-me.
Morde-me com a sua boca;
Aquela boca gigante.
Canta-me uma ladainha rouca e dissonante.
Serve-me de bálsamo para as tristes tardes
E para transpor-me pr’outra realidade
Serve-me de ponte.
Cris Souza
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19 fevereiro 2010
10 novembro 2009
[...]
Tive um sonho estranho
Um estranho me olhando
Misteriosamente
Me lendo
Lembro!
Deus que me valha!
O frio no pescoço,
O rastro do vampiro,
A rede,
O fio
da navalha.
Cris Sousa
Um estranho me olhando
Misteriosamente
Me lendo
Lembro!
Deus que me valha!
O frio no pescoço,
O rastro do vampiro,
A rede,
O fio
da navalha.
Cris Sousa
01 outubro 2009
Cotidiano
Acorda
Corre, pára.
Engole,
Corre, pára.
Trabalha,
Corre, pára.
Descansa,
Corre, pára.
Corre, corre, pára.
Corre, pára, corre, pára.
Corre,
Morre,
Pára.
Cris Sousa
Corre, pára.
Engole,
Corre, pára.
Trabalha,
Corre, pára.
Descansa,
Corre, pára.
Corre, corre, pára.
Corre, pára, corre, pára.
Corre,
Morre,
Pára.
Cris Sousa
03 julho 2009
Partidas à parte
A partida começa
Logo,
O jogo das palavras jogo
As palavras jogam o
Jogo,
A partida continua,
Pega fogo.
Jogo o jogo das palavras, jogo.
O juiz apita o pênalti
Logo, jogo:
Goool!!!
A partida terminou.
Partiu partida a torcida adversária.
Represália!
Troco dedos, trocadilhos...
Sempre jogo.
Cris Souza
Logo,
O jogo das palavras jogo
As palavras jogam o
Jogo,
A partida continua,
Pega fogo.
Jogo o jogo das palavras, jogo.
O juiz apita o pênalti
Logo, jogo:
Goool!!!
A partida terminou.
Partiu partida a torcida adversária.
Represália!
Troco dedos, trocadilhos...
Sempre jogo.
Cris Souza
22 maio 2009
EU VI AS VÍSCERAS VERDES DOS SAPOS SALTAREM (ao sapo que teve que engolir todos os sapos que nos impôs)
Havia um sapo no meio do caminho.
No meu caminho havia um sapo.
O sapo era grande, gordo e feio.
Era bigodudo e tinha um enorme papo.
Ninguém por ali passava
Pois o petulante sapo não deixava.
Ele era o dono do caminho.
Mas que sapo mesquinho!
De longe, um zumbido de motor...
E por cima do sapo, passou um trator.
Criz Souza
No meu caminho havia um sapo.
O sapo era grande, gordo e feio.
Era bigodudo e tinha um enorme papo.
Ninguém por ali passava
Pois o petulante sapo não deixava.
Ele era o dono do caminho.
Mas que sapo mesquinho!
De longe, um zumbido de motor...
E por cima do sapo, passou um trator.
Criz Souza
27 março 2009
Sátira ao suicídio
Tenho vontade de me matar.
Mas não com um tiro na cuca,
Nem com uma dose de veneno.
Não quero atirar-me da janela cúbica,
Nem enforcar-me num quarto pequeno.
Quero uma morte bem singela!
Tenho vontade de me matar
Com uma mordida afiada na canela.
Cris Souza
Mas não com um tiro na cuca,
Nem com uma dose de veneno.
Não quero atirar-me da janela cúbica,
Nem enforcar-me num quarto pequeno.
Quero uma morte bem singela!
Tenho vontade de me matar
Com uma mordida afiada na canela.
Cris Souza
25 janeiro 2009
Restos
Crio versos
Alguns lapido.
Mas a maioria estão
Na forma bruta.
Tão brusca
Que, mesmo sem brilho,
Pontiagudos, os vomito.
Se por mais que os faça
Fiquem sem sentido,
Insisto.
E das sobras de meus versos,
O que me sobra é isto.
Cristina Souza
Alguns lapido.
Mas a maioria estão
Na forma bruta.
Tão brusca
Que, mesmo sem brilho,
Pontiagudos, os vomito.
Se por mais que os faça
Fiquem sem sentido,
Insisto.
E das sobras de meus versos,
O que me sobra é isto.
Cristina Souza
26 dezembro 2008
Gole
Fico B Ê B A D A
EM-TOR-PE-CI-DA!
Que inebriação desconfortante!
Bebo versos desta vida
E a poesia me morde.
Cris Souza
EM-TOR-PE-CI-DA!
Que inebriação desconfortante!
Bebo versos desta vida
E a poesia me morde.
Cris Souza
01 dezembro 2008
Visão raio laser
Tenho dois olhos latejos
E muito potentes
Olhos do tipo multiuso cortante;
Mais amolados que as facas Ginsu!
Visão de longa distância
Com espadas medievais de reserva
Para furar os olhos teus
Quando desviam dos meus.
Tenho dois olhos taciturnos
Porém frios como as espadas
Que se recusam a derramar lágrimas
Diante dos atropelos.
Cristina Souza
E muito potentes
Olhos do tipo multiuso cortante;
Mais amolados que as facas Ginsu!
Visão de longa distância
Com espadas medievais de reserva
Para furar os olhos teus
Quando desviam dos meus.
Tenho dois olhos taciturnos
Porém frios como as espadas
Que se recusam a derramar lágrimas
Diante dos atropelos.
Cristina Souza
01 novembro 2008
[...]
Tenho poucos amigos.
O suficiente para guardar
entre os dedos, como anéis preciosos
Jóias raras, difíceis de se encontrar.
Poucos
O suficiente para tomar um chá
Ou um suco de uma goiaba só.
Amigos que servem de sol
Para aquecer-me nos dias frios
Como barcos que me ajudam atravessar os rios
E compor a paisagem
Do meu arrebol.
Cristina Souza
O suficiente para guardar
entre os dedos, como anéis preciosos
Jóias raras, difíceis de se encontrar.
Poucos
O suficiente para tomar um chá
Ou um suco de uma goiaba só.
Amigos que servem de sol
Para aquecer-me nos dias frios
Como barcos que me ajudam atravessar os rios
E compor a paisagem
Do meu arrebol.
Cristina Souza
10 outubro 2008
[...]
Há uma tristeza em mim
tão antiga
Nesse canto do olho que não a vejo mais.
Há uma tristeza em mim
Como uma amiga que veio me visitar.
Cris Souza
tão antiga
Nesse canto do olho que não a vejo mais.
Há uma tristeza em mim
Como uma amiga que veio me visitar.
Cris Souza
08 agosto 2008
Vontade
Eu quero ver o mar
Quero sentir sua maresia, seu sal...
Seu cheiro de dia, azul-céu, azul-mar, azul-sol.
Sentir o vento bater nas orelhas,
Sentar na areia e perder a hora.
Perder a hora!
A hora.
Eu quero ver o mar e sentir um alívio,
Quero mirar seu horizonte.
Eu quero ver o mar ontem.
Cristina Souza
Quero sentir sua maresia, seu sal...
Seu cheiro de dia, azul-céu, azul-mar, azul-sol.
Sentir o vento bater nas orelhas,
Sentar na areia e perder a hora.
Perder a hora!
A hora.
Eu quero ver o mar e sentir um alívio,
Quero mirar seu horizonte.
Eu quero ver o mar ontem.
Cristina Souza
27 julho 2008
O poema que se foi
A pena apenas escreve
Algo que se foi, algo que não vem
A vida, a morte, esse trem
Os caminhos sem volta...
Alguém bate na porta
E meu poema voa.
Ecoa nesta sala escura
Eu perdida em mim desisto
Enquanto o meu olho, caolho
Como um risco o procura.
Cris Souza
Algo que se foi, algo que não vem
A vida, a morte, esse trem
Os caminhos sem volta...
Alguém bate na porta
E meu poema voa.
Ecoa nesta sala escura
Eu perdida em mim desisto
Enquanto o meu olho, caolho
Como um risco o procura.
Cris Souza
25 julho 2008
A visita do fantasma
Contemplo, absorta, em pé,
Um fantasma em minha porta
Convido-o para um café
E ouvimos discos de outrora
A aurora se apressa em chegar...
Distraída danço a valsa
Que meus pés não sabem dançar
Há fermata... Mas a despedida é breve.
O fantasma cochicha de longe
Um beijo suave, leve
Me deixa por trás da porta
Morta
Uma saudade quente d’água morna
E segue.
Cris Souza
Um fantasma em minha porta
Convido-o para um café
E ouvimos discos de outrora
A aurora se apressa em chegar...
Distraída danço a valsa
Que meus pés não sabem dançar
Há fermata... Mas a despedida é breve.
O fantasma cochicha de longe
Um beijo suave, leve
Me deixa por trás da porta
Morta
Uma saudade quente d’água morna
E segue.
Cris Souza
15 julho 2008
Fardo
Ninguém carrega de mim
Essa dor infinda
Linda
De ser tão feliz e ser tão triste ainda!
Cris Souza
Essa dor infinda
Linda
De ser tão feliz e ser tão triste ainda!
Cris Souza
29 junho 2008
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