28 abril 2011

GRITO - coletivo de artes visuais do Silêncio Interrompido

30 de Abril (Sábado) no Cine-Teatro Polytheama as 20h.
Rua Direita, Centro Goiana.
leve 1kg de alimento não perecível
- mostra de artes visuais - poesia - cinema - música
venha e faça sua intervenção!

26 abril 2011

Dona Nininha e o Coco da Yá para DOWNLOAD

Meu povo!

Nos seguintes links está disponível o primeiro registro fonográfico da mestra coquista da Cidade de Goiana/PE "Dona Nininha" e seu grupo o "Coco da Yá" que, há décadas vem consolidando seu trabalho através da realização dos seus “sambas de coco” no terreiro Ilê Axé Oyá Onira, situado na comunidade da Nova Goiana.

Este CD Demo apresenta 6 (seis) faixas, contendo 8 (oito) de seus cocos de roda que são cantados nas rodas de coco no seu terreiro e em outras sambadas em salões e terreiros de localidades circunvizinhas a cidade de Goiana.

Através dos cocos de Dona Nininha, todos os que ainda não conhecem o genuíno “coco de terreiro” oriundo da cidade de Goiana, qual, possui particularidades em sua estética musical e poética, em sua dança e outras interfaces. Tornando-se em sua simplicidade, um complexo processo de criação que, através de sons e movimentos, transmite importantes informações sobre seus praticantes e sobre a historia da atual civilização canavieira.

Contatos do grupo:
cocodayaproducao@gmail.com
(81) 8735 9540 / (81) 8846 1092 / (81) 9966 2968

DONA NININHA E O COCO DA YÁ

CLICK NAS MÚSICAS E FAÇA O DOWNLOAD:

O Bacurau:

Coco de Pião:

Coco Verde:

Lima Limão / Cadê ele Cadê ela:

Menino de Vó:

O Bombo Gemeu:

Zé Pirangueiro / Velho Babão:

21 abril 2011

IAPÔI cineclube exibe: XXY

O IAPÔI Cinclube no domingo, 24/04/2011 exibe o filme "XXY" da diretora Lucía Puenzo.

Onde? Cine Teatro Polytheama - Rua Direita - Goiana PE
Quando? 24-04-2011 às 16horas
Quanto? Gratuito
Idade Indicada? 14anos

IAPÔI cineclube -pois filmes foram feitos para serem vistos.
http://iapoicineclube.blogspot.com

SINOPSE:
Alex encontra-se no limbo, em ter que escolher uma identidade sexual, passar por uma cirurgia de redesignação sexual( castração ou mutilação) e se adequar as normas que regem o masculino/feminino que tolhe essa pluralidade do ser humano; e como proposta de discussão problematizar a forma que essas relações heterossexuais e sua premissa essencial de macho/fêmea opera a complexidade que envolve a sexualidade e suas ilimitadas formas marginalizadas por esse padrão tido como normal e motor de diversos preconceitos.

Mais informações:
(81)8557-0191
9632-7917
8630-8088


Icentivo Cultural:
PGI TELECON, Holtel Renascente, Versa Corretora de Seguros, Café Alvorada e Super Mercado Novo Hiper

17 abril 2011

GRITO - Coletivo de Artes Visuais do Silêncio Interrompido

GRITO
Através da necessidade de articulação entre pessoas que se interessam em produzir artes visuais de maneira em geral na cidade de Goiana, no último evento do Silêncio Interrompido (26/03/11), foi realizado uma exposição de artes visuais, fruto da ação entre diversos artistas que gerou o desejo pela continuidade, surgindo assim o GRITO - Coletivo de Artes Visuais do Movimento Silêncio Interrompido.

O conceito do GRITO se faz na utilização da linguagem artística como articuladora de informações e reflexões sociais, acrescentando seu conceito de linguagem estética, sendo assim, não é apenas a necessidade dos artistas em exporem seus trabalhos, e sim usar o ato do expor, do vir à tona, a comunicação direta com o público/participante sobre indagações-provocações-reflexões presentes no cotidiano de todos.

OPORTUNIDADE DO NOVO.
Aos artistas, é importante a compreensão do ato coletivo, de ações conjuntas de artes visuais, a criação e vivência de um espaço que possibilite a libertação artística e a experimentação de conceitos.
É de imensa importância experimentar diversas formas de linguagens estéticas, de se permitir abrir ao novo, vivenciar o desdobramento de idéias e a construção de novos saberes onde, não necessariamente, o que importa é o produto e sim o desenvolvimento do processo. Desta forma priorizamos a não repetição para evitar o esgotamento criativo do coletivo GRITO.

Adicionem o email do GRITO - Coletivo de Artes Visuais do Silêncio Interrompido e saibam de todas as nossas atualizações: cav.silenciointerrompido@gmail.com
http://gritogoiana.blogspot.com/

OBSERVE & ABSORVA

Outras Noizes

Penso em ruídos
e passo o dia todo no travesseiro
por isso não há crianças correndo
e no fundo das ruas
moeda não tem.

Ainda penso em ruídos
conto números
36 botões em um remoto controle
calculo, há penas, faltam dois,
para cobrir todo meu peito
e o meu coração, a vida brecha.

Quase esqueço,
sendo que insisto e lembro
e fico ouvido e pensando em ruídos
pois, não há música boa para mim.
Há algum cantor? Algum silêncio? Nada? Nada do nada?
Nem sobre o nada? Tem certeza?
Por isso, faço um desenho em cima do que foi teu nome
E volto pra travesseiro para pensar em ruídos.

Aldemir Suku,
início de outono, de 04 de Abril de 2010

Toc toc

É mais um poema em minha porta.
São palavras amontoadas,
Em uma orgia generalizada,
Que só se escrevem por linhas tortas.

Os dígrafos se divorciam,
As sílabas em adultério
Enterram a norma culta num cemitério
E os hiatos, antes só, agora procriam.

E eu, com muita cautela,
No meio daquela orgia literal,
Sem me deixar levar pelo carnaval,
Apenas sentei e escutei todas elas.

André Philipe

O Poema sacro.

Estou cansado deste poema sacro
Inventado a dedos podres
De almas cansadas
Almas que gritam
Almas que choram
Almas rebeladas.

Este poema sacro.
É a ignorância em pessoa
É o poema venal
Que corrompe e se vende
Tu Poema.
És tosco e imutável.

David Borges (Poeta Degolado)

Cruzeiro X Real

Cruzeiro uma merda.
O que temos são bêbados acampando
Bêbados derramando
A dor de não ser “ELITE”.
Cruzeiro...
Cruzeiro é onde Fenelon se esconde
É onde ele senta e fuma seu cigarro
É onde cospe o seu catarro.
É no cruzeiro que ele vira uma merda
Uma fedentina constante
É onde se encontra com as suas amantes
É onde ele goza o prazer de ser PREFEITO.

David Borges (Poeta Degolado)

Reeducação sentimental feminina

Amor farsante
Poesia errante
Gênero estranho, nostalgia peculiar
Caras e bocas loucas
Tentando seduzir-me devagar
Entre gotas e gotas de vinho tinto
Sigo traindo do meu jeito
Sem que ele possa suspeitar
Te amando
-me odiando?
“Vai sonhando!”
Que chegue ao fim do mundo
Continuo a me respeitar
Apaixonada por mim
Esta sim é relação que vai durar.
Grandeza audaz e faz sucesso
Nada quero com excesso
Sei o que espero de mim
Não me preocupo com a opinião do resto
Nem deixo que vire ócio
Entre quatro paredes fecho qualquer negócio
É para todo mundo invejar
Estou feliz assim
Quem não estiver que procure mudar
-Mulheres, temos que compreender:
Paixão não é para fazer sofrer
O máximo que poder fazer gozar.

Geisiara Lima

LUCIDEZ

A lucidez inevitavelmente me transtorna;
Perturba-me e por vezes me angustia;
Deixa-me vulnerável demais à morte, me transporta
Arremessando-me à tona a desejos meramente suicidas.
Transporta-me pelo estreito de minha consciência;
E aborta-me dos olhos uma lágrima e uma emoção;
Torna cada vez mais insuportável suportar minha existência;
E alarga indiscriminadamente esse fosso de solidão;
De dor faz-me ceder a certos impulsos;
E a atentar até mesmo contra minha própria vida;
Quando dou-me conta esvai-se de sangue meus pulsos;
Satisfeita despeço-me finalmente de toda minha agonia.

Liedja Marques

Sexta à noite

Depois de todas as semanas
Sextas à noite se repetem
Nenhuma palavra é nova
Todos os poemas se repetem.

Sexta à noite é a noite
De exorcizar os demônios.
Sexta à noite é uma fronteira
Para a nova semana em que
Se cumprirão os projetos?

A sexta à noite é tão brasileira
Quanto o erro de colocação
Pronominal – é uma fraqueza.

Faremos os melhores poemas
Os mais engenhosos, além-fronteira
Da sexta à noite.
Hoje vamos beber.

Amanhã vamos dizer
Que não beberemos mais
E depois de amanhã
Que sabe mais amargo sempre,
Vamos viver a preguiça
De se apetrechar
Pra mais uma aventura urbana.

Na semana propriamente dita
Veremos, mais uma vez
Que a história avança a passos lentos
E que, depois do fim de semana
Faremos algo mais pra dar
“a nossa contribuição”
- cujo peso é aliviado
Pela indefectível
Sexta à noite, como
Palavras amenas
Que “salvam” poemas duros.

Marcelo Arruda

Pólen

Na chagada da manhã
A flor derradeiramente
Despetala-se
Cotidiana, simples, rara.
...desperta-me, despetala-me...

.:. embriões pára-quedistas tomaram o ar
Dissipar a beleza em paredes cinza.

Philippe Wollney

Alvorada

A noite, escuridão que sega os olhos
O silencio, grita nos ouvidos
A lentidão, que se encaminha ao nascer de um novo dia.

(R.R)

Ascensão do caos

Desfaz o lamento desprezível, repugnante...
Estrangula a imensa falsidade.
Ser execrável de presença humilhante
Bocas e becos transbordando tempestade.

Tropeça, atira e tira o torpe traje do ultraje
A vingança tem a sutileza do seio
Olhos de carranca, sino que retroage
Mendigo devorando prato cheio.

Teu deus limita o homem a nada
Beleza falsa de tramóia insana
Destino do fogo e da espada
Infectando a raça humana.

Alma imunda que prega o amor
Canta louvores ao meio dia
Se espoja na lama fétida do pavor
Ostenta um deus de hipocrisia...

Que vai guiando a multidão...
A ignorância reflete a covardia.
A cruz tortura o herege, o pagão...
Tendência para o domínio cruel.

A fome enforca o perdão,
Apaga as estrelas do céu.
A religião não nutre o corpo sem pão
No espetáculo do caos sob um véu.

Sandro Gonzaga

Eu queria que isso não fosse minha vida, fosse só mais uma poesia

A noite passando aflita
o silêncio gritando murmúrias, lamentações
culpando o tempo por tudo. Mas, se o futuro não fosse um absurdo
a vida seria justa; E se a vida fosse justa o futuro não seria tão ausente
quanto meu desejo inverso de viver e escarnecer a aurora dessa infeliz felicidade
que tenho de não ter saída quando o amor é a única ferida perene que devo deixar inflamar até que ela me leve à morte.

Wendell Nascimento

14 abril 2011

Recital 08/04 Festival Pernabuco Nação Cultural

Intervenção de Biagio Pecorelli (poeta, Performer e ator) e Philippe Wollney (poeta, membro do Silêncio Interrompido) no Recital do Festival Pernambuco Nação Cultural.

Philippe Wollney e Biagio Pecorelli
Philippe Wollney e Biagio Pecorelli
Philippe Wollney e Biagio Pecorelli
Vitória Fulô
Adiel Luna
Felipe Junior
Silvana Menezes

Um abraço ao poeta Lara, que anda vasculhando e interceptando a poesia por essas bandas.
E agradecimentos especiais a Ricardo (DJ Morcego), que registrou o recital e o festival, e é cúmplice de nossas ações.