31 janeiro 2011

IAPÔI cineclube 06/02

O IAPÔI cineclube inicia suas ações de 2011 no Cine-Teatro POLYTHEAMA exibindo o filme do grande diretor italiano Ettore Scola "Nós que nos Amávamos Tanto"




Nós que nos Amávamos Tanto

Uma das obras máximas do diretor Italiano Ettore Scola, este filme é de 1974 e se passa num espaço de tempo de 30 anos que segue a história da Itália durante os anos de 1945 a 1975 (do pós-guerra até a pós-ideologia dos anos 60) e acompanharemos três amigos, Gianni, Antonio e Nicola (que também narram o filme) onde assistiremos as aventuras, desventuras e desilusões amorosas de uma geração que sonhava em mudar o mundo.

Nós que nos Amávamos Tanto também traz uma homenagem aos Neo-Realistas Italianos o diretor De Sica e Fellini e o ator Mastroinanni.

IAPÔI cineclube exibe: Nós que nos Amávamos Tanto

QUANDO: 06 de fereveiro (próximo domingo) as 16h.

ONDE: Cine-Teatro Polytheama, Goiana.

QUANTO: è il fratello gratis (é grátis brother).

P.W

25 janeiro 2011

TERGIVERSO - Wander Shirukaya


É com muito prazer que anuncio o mais recém espaço poético de um dos melhores escritores das bandas da Mata Norte de Pernambuco, mais precisamente da cidade de Itambé, o Wander Shirukaya (Contista, Guitarrista, Desenhista, Articulador Cultural e outras coisas mais). O novo espaços é o blog TERGIVERSO dedicado a sua produção de poemas. Vale apena passar por lá!

Meu Porre

Embriaguei-me com a sobriedade
triste desvario portar uma pedra
tal qual Sísifo ou Zaratustra
ladeira acima até a verdade

Você ri, aponta, xinga e conta
quantas vezes bebo meu fracasso
sem notar que o descompasso
é minha força motriz

Infeliz daquele que deste porre não toma
pois é ele quem vive em estado de coma
contente-se em rir
pois me sinto muito bem
na alegria do devir.

Wander Shirukaya.

E quem não conhece o outro blog do dito cujo http://blogdoshirukaya.blogspot.com/ está perdendo suas resenhas, contos e causos e de estar antenado no que rola de melhor em nosso inferno/céu de sacarose.

P.W

Poeme-se!

Ser poeta é ser o ar
tente você ser o mar e saberás!
Ser poeta é não se preocupar com o "copo"
Se ele está vazio ou se vai transbordar
Ser poetar é ser tudo por falta de opção e não reclamar.
Poeme-se!

Wendell Nascimento

Imortal Jamais.

Não olho para trás com medo de virar pedra
E ser imortalizado como uma estatua
Da mais importante praça do centro da cidade.
Mas eu como poeta quero ser esquecido
Como um BÊBADO DE ESQUINA.

(R.R)

Parida Pátria

puta pátria parida na praia
poder português político pai
purulento pênis em pena pero vaz

por que provir pedros
cabral, 2°, 1°, pedra para padre caverna
porventura pau pátrio vermelho
prolifera prato pingo d’ouro?

partir em paralelo previsão
pré/país pervertida praga
primazia predador pr’os primogênitos
pequena parte em p

Pankararú; Pankararé; Panará
Pataxó; Potiguara; Poyanawa;
Pitaguari; Pareci; Parintintin
Pataxó Hã Hã Hãe; Parakanã; Pirahã;
Paumari; Palikur; Patamona
Paumelenho; Pakaanova;
- parco produto pardo: Peri.

para parir pês é preciso primar os pés!

P. W.

Senhora Dona Vida

Senhora Dona Vida
Descubra o meu rosto
Lava o meu rosto
Que eu te venho todo
Que eu ti via sonho
Que eu não sabia tão vivida.

Senhora Dona Vida
Peço me perdoe
Que eu não fui menino
Seco vi teu seio
Que antes nudez repousante
Do teu dedo não senti.

Senhora Dona Vida
Rogo-te, imploro
Faz-me mais ousar-te
Que te sei comigo
Que te choro e rio,
Senhora Dona Vida.

Marcelo Arruda

Felicidade na boca.

Por que ri felicidade? Se o vazio intrinsecamente dos olhos exalta o parapeito do mortal homem! Se os suores, desamores e descrentes escarnecem os karmas velhos e a boca surda destrincha os pesadelos do peso partido. E lá está a carcaça da senhora esperança, espalhando trapos, farrapos...e a feliz cidade vomita os cadáveres da terra, sarrando com Deuses e Anjos. POR QUE RIS felicidade santa! Se o abajur vermelho escorregou e quebrou no vidro da orgia imaculada, e as pombas-virgens rompem, rasga...amor-tece as cabras cegas e os vampiros secos! E a feliz-cidade devora seus servos, escravos homens vulneráveis! E a vermelhidão da tua menstruação extravasa a boca, e cai no bueiro do sentimentalóide cômico mendigo pensante! POR QUE insiste em ri felicidade, rolar nos cobertores inférteis, e que as mulheres mulas, musas... Musicam suas estradas imaginárias e os senhores sem sombra e assustam suas sombras.

Irlandson (poeta & ator)
Arcoverde

Ilusão!

Ilusão lúdica dos meus pensamentos; ilusão ilustre da solidão, corpo! E lá estamos na passarela do galpão do escuro-vazio, e a solitária da dúvida silenciosa. Aqui estou na cor negra, no sol seco; na transformação HOMEM-BICHO... Uivando, gritando, gemendo, clamando! Lá na frente, o messias vem no galope asfixiante do martírio monstruoso, selvagem, rude e podre! Trazendo-lhe o corpo sem sombra sobre seu lombo arqueado. E assim as ilusões escurecem calmamente o indeciso. E o indeciso usa o ilusionismo para poder enganá-lo, como se existissem possibilidades de modificar a GÊNESIS do homem COMPLEXO,COMPLICADO... a INTERROGAÇÃO DE SI!

Irlandson (poeta & ator)
Arcoverde

Balé dos vivos

Todos se encontram
Enquanto pensavam estar perdidos
Escondidos por trás dos preferidos
Há sempre a necessidade de um forte grito
Em meio a tanta decepção pedimos a calma
Até que chega o grande momento
Joga-se o medo no lixo e os braços ao vento
É hora para se mostrar!
Se erramos
Não há tempo apara lamentos
-Já foi!
É preciso disfarçar
Talvez deveríamos ter ensaiado um pouco mais pra variar
Vergonha? Jamais!
Levante a cabeça, enchas as bochechas
E invente um brilho no sorriso para cegar.
Recomeçar!
Acordar cedo
Ensaiar
Aprender, desaprender
Mas uma coisa é certa
Nunca é hora de parar.

Geisiara Lima

-detesto -

detesto.
detesto.
detesto.
detesto tudo aquilo,
tudo aquilo
que oprime o homem;
inclusive a gravata.


Caio Caixa

Distinto Instinto

Não sou profeta, louco, demônio ou judeu.

Nasci asceta como um Deus,

Na certa,

Sou apenas eu.


Caminho sem tempo,

Perturbo os ares,

Saboreio o vento,

Devoro olhares...

Sou ser de céu e vagem

Portanto, céuvagem

Meu instinto é distinto.

Eu construo, instruo e me extingo.

Sentir aguçado, sorte discreta,

Não possuo tesouro, urna secreta.

Para quê guardar o que a vida à mim excreta?

Consumo tudo num gozo.

Sou Poeta!!!


André P.

CÂNTICO À ÁLVARO

Aves
Árvores
Alvorada
A vida
Ávido
À Álvaro

Nos cantares dos versos
Voa! - voa ao vento!
És como menino deus do tempo
Livre dos maus pensamentos
Universo em vertigens coloridas
Tudo está em bom temperamento
Sem alvoroço do tempo
Álvaro vive a cada momento
E assim cantemos... cantemos,
Ao menino Álvaro.

Ademauro Coutinho, agosto 2010

13 janeiro 2011

Brasil Letrado

Enquanto troca de interesses

Mover a economia nacional

E políticos malabaristas for atração no jornal.

Enquanto nossos gritos de fome

Estiverem enterrados no quintal

E o bem comum servir apenas de lavagem

Para os porcos habitantes deste chiqueiro nacional.

Haverá ordem!!!

Haverá a mesma ordem

Digerindo nossos pensamentos

E nossa fome será saciada com mágicas,

Elaboradas em um plano alto,

Um show de ilusionismo para distrair o irrespeitável público

E nossas casas serão o eterno berço de um Brasil lúdico.

Enquanto a embriaguez da cachaça

Apagar o sangue derramado das nossas memórias

E letrados, com canetadas,

“Democratizar” nossas histórias,

Não passaremos de letras

A enfeitar o livro nacional das mutretas.

André P.


Naturalpoesia

Não preciso de formação para formar meus poemas.

Só preciso que, em formação, as informações me dirijam.

Não preciso de literatura,

Pois o literal que tenho já está à altura.

O que me rege é o que penso

Portanto, o resto eu dispenso.

Dispenso regras, réguas, bom senso.

Dispenso até a gramática

E toda essa grama midiática

Que nutre com estrumo seus expectadores.

Seus: espectros atados de dores.

Só preciso do meu mundo em branco, encadernado,

Encarcerado, escancarado como a fossa do senado!

Para saber roubar é preciso saber onde Brasília fica?

É preciso de aula de anatomia para saber onde colocar uma pica?

Então não me imponha essa máscara burocrática que aprisiona o teu monstro.

A minha cabeça é um bosque de idéias

Onde habita uma fera faminta

E para que eu escreva,

Basta apenas que eu pare, sente e sinta.

André P.