14 outubro 2011

poema suburbano


no muro murmuro meu verso suburbano
P.W

poesia

PW

poemas Heraclianos









P.W

1º Mostra Canavial de Cinema

De 19 a 27 de novembro, as cidades de Tracunhaém, Nazaré da Mata, Vicência, Aliança, Condado e Goiana recebem a Mostra Canavial de Cinema. O evento, totalmente aberto ao público, integra o Festival Canavial e, mais do que viabilizar uma série de exibições cinematográficas no interior de Pernambuco, oferece a oportunidade de se refletir sobre a produção audiovisual do Brasil.
 - Aguardem a programação. 


Blog do Shirukaya


 Aê pessoal, blog do Shirukaya de cara nova. O espaço está mais interativo, limpo e com melhor navegação. O bicho mandou ver no capricho. É isso, espaço literário Pernambuco-Paraíba na profissa pra vocês. Clic aqui - e confira

05 outubro 2011

Um ser pedra

Expor-se às pancadas do vento,
Tornar-se alma pura ao relento,
Travar caminhos como a angústia de um coração
Ou servir de escravo à ascensão,

Gritar palavras de dor e afago
Como o olhar do silêncio que há após um estalo,
Ser forte e segura gruta quando não bela
Ou da paisagem ser forma bruta e assim singela.

São mutações que exponho abertas,
Roubadas do cofre do tempo,
Quando nele buscava acalento,
Na experiência de também ser pedra.

André Philipe

Silêncio Interrompido

No silêncio do desprazer
A desgraça que é procurar e não achar.
Sinto-me num quarto fechado
De cortinas incrivelmente brancas,
Pés quentes pra qualquer morto puxar,
Tenho a óbvia idéia
De bagunçar os quadros
Quebrar os vasos
Abrir as portas do armário.
O que eu quero...
Não à normalidade
“Tão certo”, nos leva à loucura
O protesto, nos deixa mais perto da razão.

Geisiara Lima

Sobre as catástrofes da humanidade:

Ele, o misericordioso,
ceifa vidas aos milhares
com uma tromba d'água,
enxurrada, peste,
abalo de terra.

Por que sobre minha cabeça
recair a lâmina da sua espada?
sobre os ombros o peso da sua cruz
se eu, ser de ínfimas virtudes,
simplesmente não crer em sua palavra.

José Torres

Passeio pelas cercanias de Goiana

Nas saídas choças
Prenhes de pobreza
Jazem aos pés da cama
Como nos pés da mesa

De ricos senhores
Se pastassem cães.
Um garoto sujo
Mastiga a 3x;

Chupa satisfeito
- o pobre infeliz
O alimento de
Todas as manhãs;

A fome o persegue
Indigesta e amara
Não a mata a cana,
Mas a açucara.

E o gigante verde
Segue ao longo a pista
Se estendendo até
Onde alcança a vista.

No corpo do momento
Íngreme atalho:
Onde está a batata,
A cebola, o alho,

O tomate, o aipim?
- cana, cana e cana,
Paredes sem fim
De alta haste e palha.

Na caminho: capim,
Bosta de cavalo
E, homem, muita cana,
Cana a abastardá-lo

E eis que chega ao rio:
Peixe morto e lama
- corre encurralado
No meio da cana;

Vinheto o persegue
No curso até o mar
- só sossega quando
O asfixiar.

Marcelo Arruda

Poeta

Relógio asfixiado pelo tempo passado
parado na parede branca
restos dessa humildade descolorida
invadindo estuque tijolo
insectos enlouquecidos rápidos, sem destino.

Alguém olhava o labirinto traçado
tentado nesse excesso
decifrar o poema morto,
completo,
diversão escondida nos livros amontoados
dispersos coincidentes de temas,
versos soltos sem nexos
uma caneta usada gasta na formação
das palavras completas
inovação ilimitada,
universos profundos do transe das aranhas
jardins suspensos imaginados,
belezas escondidas entre vírgulas,
descanso da voz, pausas obrigadas
apenas o cansaço jazia
no entulho da matéria
prenúncio anunciado da vida
lápide simples, inocente
no cemitério de nuvens e estrelas cadentes.

Saudade esse fado da alma,
do sol das abelhas
do mar lá bem longe
uma frase simples
tatuada,
esculpida na madeira da mesa criadora,
"poeta, finalmente libertado".
 
Nkisi
[Ricardo Pocinho]

Ilha de pedra

Meus batimentos cardíacos
Rebelam, revelam, semeiam
O azul do céu no entardecer
Em continente tão mar
Ondas, pedras, chuvas
Chave do mistério
Nem a morte
Amedronta outros planos
Puros de ventre
Cristalizados pelo vão
Vento, suspiro e canto
Na beira da margem
Da ilha de pedra, chuva e ondas
Moinhos e redemoinhos
Tempo, tempestade, tentação
Trágico crepúsculo
Sem lógica, sentido ou razão
Controle ínfimo
Distante cálido
Carruagens, engenhos e artifícios
Na ilha
Ninguém
Nada
De pedra
Da onda
E a chuva.

SANDRO GONZAGA

Espera (em tempos de violência)

Soou meia-noite, sem dormir permaneço.
Dos filhos rapazes aguardo a chegada.
E do sono inquieto, assim desvaneço.

A criança embalava nos braços de outrora.
À hora tardia, mãe despreocupada.
Total diferença desta aflição de agora.

Silêncio opressor cobre a rua, a cidade.
Ouvidos atentos a passos na escada.
Incerteza da volta meu peito invade.

Sebasteana de Lourdes

SOL

Para onde vai a cor do arco-irís depois de colorir o céu?
Eu cansei de reescrever inéditas histórias só pra me convencer que eu não estava contornando o que já era perfeito nos fins de tarde em que você tinha de partir.
Mas agora consigo ser e ter você sempre que a noite vem.
Até mais tarde.

Wendell nascimento

04 outubro 2011

BALELAS de Wander Shirukaya




É com muito prazer que o Movimento Silêncio Interrompido comunica o lançamento do BALELAS o 1º livro de contos de Wander Shirukaya - contista, poeta, músico e outras provocações artísticas. O Wander tem conexão direta com o Silêncio Interrompido - parceiro de várias intervenções artísticas pela mata norte pernambucana, saraus, recitais e shows de música. Atualmente reside na cidade de João Pessoa onde estuda Teoria Literária e é membro do Núcleo Literário CAIXA BAIXA. 

SHIRUKAYA, Wander. Balelas. 1 ed. Rio de Janeiro: Mutuus Editora, 2011. 
ISBN: 978-85-64722-05-7
Páginas: 104.
Prefácio: Liane Schneider
Preço: 28,00 R$

 Venda Online: entrando em contato com o próprio autor [clic aqui]. Há também a possibilidade de comprá-lo através da loja da Editora, ou também haverá em breve uma loja no site do Nícleo Literário Caixa Baixa [clic aqui].

Wander Shirukaya, é Mestrando em Letras pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB, desenhista, músico e escritor; prepara-se para lançar seu primeiro livro de ficção, Balelas (Ed. Mutuus – RJ). Integrante do Núcleo Literário Caixa Baixa, que reúne novos escritores paraibanos. Colabora também com o movimento Silêncio Interrompido (Goiana – PE) e com o Blog Papéis de Circunstâncias Online de Fortaleza – CE. Colaborou com a manifestação artístico-cultural das cidades de Itambé-PE e Pedras de Fogo – PB por meio de shows musicais e saraus.


Vídeos do R.V.A [rapazeada voz ativa]

Para quem curte um Rap vamos deixar como dica o grupo  R.V.A [apazeada voz ativa], daqui de Goiana.
Três vídeos do grupo participando do Silêncio Interrompido que houve em maio de 2011 (vida criminal e a esperança não morre) e do Dia do Músico em 2010 (o rolê). 
abração e esperamos que curtam:

R.V.A [Rapazeada Voz Ativa] - Vida Criminal



R.V.A [Rapazeada Voz Ativa] - A esperança não morre



R.V.A [Rapazeada Voz Ativa] - O rolê


ÁRVORES


Novo vídeo poético produzido pelo Silêncio Interrompido, interferência do poeta Philippe Wollney na vegetação da mata do bairro de Dois Irmãos - Recife.

se não consegiur visualizar o vídeo clic [aqui]

Observe & Absorva