05 outubro 2011

Espera (em tempos de violência)

Soou meia-noite, sem dormir permaneço.
Dos filhos rapazes aguardo a chegada.
E do sono inquieto, assim desvaneço.

A criança embalava nos braços de outrora.
À hora tardia, mãe despreocupada.
Total diferença desta aflição de agora.

Silêncio opressor cobre a rua, a cidade.
Ouvidos atentos a passos na escada.
Incerteza da volta meu peito invade.

Sebasteana de Lourdes

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