Olhos da morte me espreitam pelas sombras,
Escondidas em vielas que o tempo apagou.
Reluzem como diamantes num manto de desprezo,
No Éden dos mal-amados,
Dos mal-nascidos,
Dos mal-sucedidos,
Dos mal-alimentados,
Dos mal-me-queres,
Dos males não-exorcizados,
Das más lembranças de ódio de um tempo
onde o mal reina absoluto.
Sempre como os coadjuvantes tristes,
Palhaços tristes, nunca dignos de se comentar.
Nos olhos, feridas abertas,
Chagas incuradas, dores expostas,
Pichadas e irretocadas
Na muralha do esquecimento.
É como o fogo que brilha, mas não queima.
São como os dias que apenas se sobrevivem.
É como a deixa silenciada por um vazio ecoante.
É como o tempo invisível, mas tão marcante.
Sempre ali, tão nítidos, mas tão despercebidos...
Já não sabendo o que é mais sentir...
Vidas infecundas, banhadas por um rio:
Sem correnteza, sem nascente ou foz.
Onde as turvas curvas do caminho,
Confundem-se com o horizonte negro ali distante.
Onde a alvorada dos dias
Permanece como lembrança ainda não-vivida,
Como sonhos ainda não-despertados,
Como a chuva ainda não-caída,
Como o passo ainda não-dado.
Nunca é tarde para amanhecer,
Pois o sol sempre permanece vivo,
Apenas escondido,
Apenas invisível,
Apenas dentro de nós.
Thiago Albert
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19 fevereiro 2010
10 novembro 2009
In-Verso
Verso o verso do corpo,
A cara do universo como simples equações.
Verso o tempo compassante,
Verso e tempo que já vivi,
O tempo que ainda não sei,
Mas sei que ele será como o sonho ainda não despertado,
O sonho ainda não vivido,
O sonho ainda não versado.
Verso os versos de paz e de loucura,
Aqueles que saem dos esgotos e das praças.
Verso os sussurros de dor e de prazer
Dos reis sem coroa,
Dos vigilantes cegos do destino,
Dos que não podem ser absolvidos ou compreendidos,
Apenas versados.
Verso o inverso do verso,
Como o espelho que mostro quem realmente sou.
E quem serei?
Eu serei como um simples rabisco, uma simples sombra
No lugar onde se encontra
A leveza e a perfeição de meu ser.
Thiago Albert
A cara do universo como simples equações.
Verso o tempo compassante,
Verso e tempo que já vivi,
O tempo que ainda não sei,
Mas sei que ele será como o sonho ainda não despertado,
O sonho ainda não vivido,
O sonho ainda não versado.
Verso os versos de paz e de loucura,
Aqueles que saem dos esgotos e das praças.
Verso os sussurros de dor e de prazer
Dos reis sem coroa,
Dos vigilantes cegos do destino,
Dos que não podem ser absolvidos ou compreendidos,
Apenas versados.
Verso o inverso do verso,
Como o espelho que mostro quem realmente sou.
E quem serei?
Eu serei como um simples rabisco, uma simples sombra
No lugar onde se encontra
A leveza e a perfeição de meu ser.
Thiago Albert
01 outubro 2009
[...]
Vida,
Vi-a na via compassante
Passageira sem passos
Estática,
Sem referencial.
Tal como uma foz,
Turbulenta, mas tão igual,
Ao segundo que perdeu-se
No oceano do trivial.
Thiago Albert
Vi-a na via compassante
Passageira sem passos
Estática,
Sem referencial.
Tal como uma foz,
Turbulenta, mas tão igual,
Ao segundo que perdeu-se
No oceano do trivial.
Thiago Albert
03 julho 2009
[...]
De longe, ouço o sino que me chama
Como o pai cujo filho pródigo sente a volta.
A princípio, só verde, só cana,
Gana de ter aquilo que um dia fui e até hoje invento.
No céu, uma cruz se confunde no horizonte
Com a estrela D’alva a iluminar-me,
Marcando a vida e morte de meu ser.
Quase nunca te vejo, mas em qualquer era sei quem és.
Suja, degradada, entregue a vermes institucionalizados
Que exibem as suas famílias
tal qual a leitoa gorda que têm orgulho de seus leitõezinhos.
Mesmo com todos os parasitas
que consomem este teu velho corpo,
estas tuas velhas fachadas,
estas tuas cruzes de pedra que brotam de tua pele,
Ainda sim te amo com a mais terna baixeza.
Tu, ama de desejos impuros
Que me gera a ânsia nostálgica de antigos gozos.
Que, em teu ventre, em teu centro,
Fui concebido pelo incesto de seus filhos:
Negros, caetés, galegos, quilombolas, marisqueiros, pescadores e antigos marinheiros
Que gozavam no rio de teu ser
Que apesar de fluir,
continua reto e negro em seu antigo rumo.
Goyanna, esta que me atrai como um imã,
Me traga embriaguez das noites insones,
Onde me banhavas com vinho de tuas veias abertas,
Me fazias beber do suor de teu rosto,
Aguardente de cheiro da negra verde cor de teus cabelos.
Estes teus fios de quando em quando tu cortas com a labuta de tua prole, após provar do ardor do fogo do inferno,
Apenas para satisfazer o fetiche do cliente mais rico que tem seu orgasmo ao ver-te no cume de sua degradação.
Tu,
prostituta sifilítica, cadela com calazar terminal, noiada com o mais humilhante vício,
Me mostres o que me prende à barra de tua saia,
Tal qual menino indefeso com a vida lá fora.
Me tragas a dádiva de provar teu gosto só uma vez mais
A este filho que é teu escravo.
E, tal como os que tens em todo sempre,
Nunca cansa de te cantar em versos e cânticos.
Thiago Albert
Como o pai cujo filho pródigo sente a volta.
A princípio, só verde, só cana,
Gana de ter aquilo que um dia fui e até hoje invento.
No céu, uma cruz se confunde no horizonte
Com a estrela D’alva a iluminar-me,
Marcando a vida e morte de meu ser.
Quase nunca te vejo, mas em qualquer era sei quem és.
Suja, degradada, entregue a vermes institucionalizados
Que exibem as suas famílias
tal qual a leitoa gorda que têm orgulho de seus leitõezinhos.
Mesmo com todos os parasitas
que consomem este teu velho corpo,
estas tuas velhas fachadas,
estas tuas cruzes de pedra que brotam de tua pele,
Ainda sim te amo com a mais terna baixeza.
Tu, ama de desejos impuros
Que me gera a ânsia nostálgica de antigos gozos.
Que, em teu ventre, em teu centro,
Fui concebido pelo incesto de seus filhos:
Negros, caetés, galegos, quilombolas, marisqueiros, pescadores e antigos marinheiros
Que gozavam no rio de teu ser
Que apesar de fluir,
continua reto e negro em seu antigo rumo.
Goyanna, esta que me atrai como um imã,
Me traga embriaguez das noites insones,
Onde me banhavas com vinho de tuas veias abertas,
Me fazias beber do suor de teu rosto,
Aguardente de cheiro da negra verde cor de teus cabelos.
Estes teus fios de quando em quando tu cortas com a labuta de tua prole, após provar do ardor do fogo do inferno,
Apenas para satisfazer o fetiche do cliente mais rico que tem seu orgasmo ao ver-te no cume de sua degradação.
Tu,
prostituta sifilítica, cadela com calazar terminal, noiada com o mais humilhante vício,
Me mostres o que me prende à barra de tua saia,
Tal qual menino indefeso com a vida lá fora.
Me tragas a dádiva de provar teu gosto só uma vez mais
A este filho que é teu escravo.
E, tal como os que tens em todo sempre,
Nunca cansa de te cantar em versos e cânticos.
Thiago Albert
22 maio 2009
POÉTICA URBANA I
Uns escrevem em devoção à lua,
outros, para a plenitude do amor da noite passada.
Do coletivo lotado, eu apenas me calo.
Thiago Albert
outros, para a plenitude do amor da noite passada.
Do coletivo lotado, eu apenas me calo.
Thiago Albert
25 janeiro 2009
Tardes de Domingo (Às sensações nostálgicas que invadem o peito)
Sinto o pulsar de minhas raízes negras
Que compasseiam pelo delírio de tantos.
Sou o que numa ilha delira
Entre passos que de tão simples parecem sair como vindos da alma;
- a alma oculta do dançar de uma criança,
Em euforia pela chuva de São Pedro lá de cima.
Sou o que pro céu olha e entoando cantigas de amores distantes
Relembra tempos em que santos protegiam da vida selvagem
Que sem saber construíamos com nosso suor.
Sou o que vive lá no cume,
Em montes afogados pela terra
E que rindo quando se deve chorar,
Vive-se quando é fácil desistir,
Canta quando se deve calar.
Sou o que carrega o peso dos fardos que próprio ato
E faz brinquedo o que seriam grilhões,
Torna multicor o que a paisagem monocromática dos verdes canaviais encobria outrora.
Sou o pisar forte deste círculo de comunhão
Onde de mãos dadas, seguimos embebecidos por este mar que apesar de tão grande,
Ainda não sacia nossa gana de nossa vida girar.
Sou estes tambores,
Que apesar dos açoites,
Nunca teimam em tornar silêncio o que de mais belo existe em nós;
Tornando a vida assim
Este eterno cantar que sai do peito de nossa alma aflita
Em tardes de domingo.
Thiago Albert
Que compasseiam pelo delírio de tantos.
Sou o que numa ilha delira
Entre passos que de tão simples parecem sair como vindos da alma;
- a alma oculta do dançar de uma criança,
Em euforia pela chuva de São Pedro lá de cima.
Sou o que pro céu olha e entoando cantigas de amores distantes
Relembra tempos em que santos protegiam da vida selvagem
Que sem saber construíamos com nosso suor.
Sou o que vive lá no cume,
Em montes afogados pela terra
E que rindo quando se deve chorar,
Vive-se quando é fácil desistir,
Canta quando se deve calar.
Sou o que carrega o peso dos fardos que próprio ato
E faz brinquedo o que seriam grilhões,
Torna multicor o que a paisagem monocromática dos verdes canaviais encobria outrora.
Sou o pisar forte deste círculo de comunhão
Onde de mãos dadas, seguimos embebecidos por este mar que apesar de tão grande,
Ainda não sacia nossa gana de nossa vida girar.
Sou estes tambores,
Que apesar dos açoites,
Nunca teimam em tornar silêncio o que de mais belo existe em nós;
Tornando a vida assim
Este eterno cantar que sai do peito de nossa alma aflita
Em tardes de domingo.
Thiago Albert
26 dezembro 2008
Neve na cidade
Está nevando na cidade
Uma neve tão fina, que despenca dançando ao som dos ventos.
Esta neve tão linda, tão negra
É fruto que sai da terra, ainda verde.
É o doce flutuar da vida que arde
Pelo rubro estalar do horizonte em combustão.
Esta neve que pertence aos trópicos
É sangue negro a pleno vôo
Buscando nas mãos da criança
O recanto fértil da eternidade.
São malungos e malunguinhos
Num só viajante alado
Iluminados por sóis
Que dão força e luz bastante
Para tornar invisível esta tão fina neve
que cai do céu da cidade.
Thiago Albert
Uma neve tão fina, que despenca dançando ao som dos ventos.
Esta neve tão linda, tão negra
É fruto que sai da terra, ainda verde.
É o doce flutuar da vida que arde
Pelo rubro estalar do horizonte em combustão.
Esta neve que pertence aos trópicos
É sangue negro a pleno vôo
Buscando nas mãos da criança
O recanto fértil da eternidade.
São malungos e malunguinhos
Num só viajante alado
Iluminados por sóis
Que dão força e luz bastante
Para tornar invisível esta tão fina neve
que cai do céu da cidade.
Thiago Albert
01 dezembro 2008
Pluvial
Vento frio;
No telhado, o grito de quem anuncia o Grande Temporal!
Aproxima-se rápida, porém como um dilúvio...
Lava a terra, as chagas da senhora que não se cansa de reclamar da existência...
Lava a mente, abismo para aqueles que não percebem o perene clamor pluvial!
Abre na terra as curvas de vida e os sorrisos de quem não têm nada para sorrir; mas sorriem!
Pois é o cântico das nuvens carregadas lá do alto...
Alto céu, antes de brilho descontínuo
Agora vermelho, cinza e negro...
Porém a noite sairá depressa
E o que virá será imperfeito demais para ser descrito;
Pois sinto aquela que ainda teima em se adornar
Para a grande dança da existência!
Thiago Albert
No telhado, o grito de quem anuncia o Grande Temporal!
Aproxima-se rápida, porém como um dilúvio...
Lava a terra, as chagas da senhora que não se cansa de reclamar da existência...
Lava a mente, abismo para aqueles que não percebem o perene clamor pluvial!
Abre na terra as curvas de vida e os sorrisos de quem não têm nada para sorrir; mas sorriem!
Pois é o cântico das nuvens carregadas lá do alto...
Alto céu, antes de brilho descontínuo
Agora vermelho, cinza e negro...
Porém a noite sairá depressa
E o que virá será imperfeito demais para ser descrito;
Pois sinto aquela que ainda teima em se adornar
Para a grande dança da existência!
Thiago Albert
01 novembro 2008
[...]
Não tenho nos olhos as lágrimas detentoras de todo sentimento do mundo.
Não tenho nas mãos as palavras que trarão conforto a povos.
Não tenho a voz que toca, o som que alimenta a palavra mais certa.
Não, não possuo nada!
Não tenho alegrias, nem medo, apenas vazio.
Tenho sim, palavras secas que ficam perdidas no meio desse deserto.
Tenho apenas a solidão, perdida no meio de outro tantos,
Tenho apenas esse instante, que não passa de menos de um segundo
Na engrenagem do tempo, esse grande moinho que avassala,
Ao mesmo tempo tudo,
Ao mesmo tempo nada!
Thiago Albert
Não tenho nas mãos as palavras que trarão conforto a povos.
Não tenho a voz que toca, o som que alimenta a palavra mais certa.
Não, não possuo nada!
Não tenho alegrias, nem medo, apenas vazio.
Tenho sim, palavras secas que ficam perdidas no meio desse deserto.
Tenho apenas a solidão, perdida no meio de outro tantos,
Tenho apenas esse instante, que não passa de menos de um segundo
Na engrenagem do tempo, esse grande moinho que avassala,
Ao mesmo tempo tudo,
Ao mesmo tempo nada!
Thiago Albert
10 outubro 2008
Adeus
Adeus...
E foi-se como o último raiar do poente,
Deixando trilhas que só o passado insiste em trilhar.
Foi sem fazer alarde;
Arrumou as roupas,
Passou até a última saia por mim dada
E esvaiu-se...
Caminhou por entre estradas e montes,
Até onde a parca vista alcança,
E se fundiu ao horizonte inatingível.
Ficaram apenas as palavras,
Os cheiros e os sons de passos ecoados;
Tudo perdido na embriaguez deste silêncio
que enterra a alma dos móveis sem gestos,
Enterra o sono das noites
E os sonhos que deixei de viver;
Embebidos pela simplicidade
e pela contraditoriedade
de um à Deus,
Adeus.
Thiago Albert
E foi-se como o último raiar do poente,
Deixando trilhas que só o passado insiste em trilhar.
Foi sem fazer alarde;
Arrumou as roupas,
Passou até a última saia por mim dada
E esvaiu-se...
Caminhou por entre estradas e montes,
Até onde a parca vista alcança,
E se fundiu ao horizonte inatingível.
Ficaram apenas as palavras,
Os cheiros e os sons de passos ecoados;
Tudo perdido na embriaguez deste silêncio
que enterra a alma dos móveis sem gestos,
Enterra o sono das noites
E os sonhos que deixei de viver;
Embebidos pela simplicidade
e pela contraditoriedade
de um à Deus,
Adeus.
Thiago Albert
19 setembro 2008
Eu estático
Queria poder falar de encantos,
De amores, de tantos momentos sublimes.
Queria poder ser a voz e canto
A palavra liberta entoada sem crime.
Queria o meu eu sem a dor e o pranto,
Que por mais que demonstro, sempre disfarço.
Queria poder apagar essa culpa
De anos de luta sem mover um só passo.
Queria um poema que de tão simples
Falasse o que exprime os gestos que não trago.
Queria ser o eco entoado sem esforço
Pelos passos que movo, por meu eu estático.
Thiago Albert
De amores, de tantos momentos sublimes.
Queria poder ser a voz e canto
A palavra liberta entoada sem crime.
Queria o meu eu sem a dor e o pranto,
Que por mais que demonstro, sempre disfarço.
Queria poder apagar essa culpa
De anos de luta sem mover um só passo.
Queria um poema que de tão simples
Falasse o que exprime os gestos que não trago.
Queria ser o eco entoado sem esforço
Pelos passos que movo, por meu eu estático.
Thiago Albert
08 agosto 2008
Onde estão estes versos
Onde estão estes versos
Que clamam pelo infinito,
Limite de meu desespero?
Onde andará tudo que sonhei,
Esperei?
Como a criança buscando o pôr-do-sol
Que luta contra a tempestade de nuvens negras do horizonte.
Como esses muros que mutilam a Terra,
Fincando suas raízes parasitas no seio de algo que um dia já houve vida.
Como essas luzes que ofuscam meus olhos
E que me privam de contar o incontável.
Como essa fumaça jogada em meu rosto,
Que decepa meus sentidos,
Quase mortos pelas circunstâncias.
Hoje clamo por mim mesmo,
Pela vida, pela morte.
Já não sonho,
Não mais preciso.
Tenho jogado em minha cara
E exilado de meu espírito,
O mais singelo dos demônios adormecidos:
Liberdade!
Liberdade!
Liberdade!
Thiago Albert
Que clamam pelo infinito,
Limite de meu desespero?
Onde andará tudo que sonhei,
Esperei?
Como a criança buscando o pôr-do-sol
Que luta contra a tempestade de nuvens negras do horizonte.
Como esses muros que mutilam a Terra,
Fincando suas raízes parasitas no seio de algo que um dia já houve vida.
Como essas luzes que ofuscam meus olhos
E que me privam de contar o incontável.
Como essa fumaça jogada em meu rosto,
Que decepa meus sentidos,
Quase mortos pelas circunstâncias.
Hoje clamo por mim mesmo,
Pela vida, pela morte.
Já não sonho,
Não mais preciso.
Tenho jogado em minha cara
E exilado de meu espírito,
O mais singelo dos demônios adormecidos:
Liberdade!
Liberdade!
Liberdade!
Thiago Albert
15 julho 2008
O que escondem estas sombras?
O que escondem estas sombras
Que teimam em se refugiar em universos tão pequenos?
Como as novas que a tudo sugam como um ímã,
Brincando de mudar tais infinitos?
Como um abismo onde um eco fragmentado pelo tempo
Traz lembranças tão atordoantes,
Não consigo meus pés no chão,
Mas reconheço aquele tão radiante feixe de ondas espelhadas
De uma tarde de domingo.
De tão negro e tão claro tudo se compõe,
Meus sentidos se perdem com a dança desta compassada valsa triste.
Perdem-se como espasmos voluntários
Como se tudo estivesse sempre no lugar...
Como se a vida estivesse na mesma estante empoeirada.
Bastava só fechar os olhos e pensar naquilo que deixamos escapar,
Naquilo que deixamos de pensar...
Naquilo que deixamos de sentir...
Pelo medo de eclipse total ao meio-dia,
Onde a vida ao meio se destrói.
Thiago Albert
Que teimam em se refugiar em universos tão pequenos?
Como as novas que a tudo sugam como um ímã,
Brincando de mudar tais infinitos?
Como um abismo onde um eco fragmentado pelo tempo
Traz lembranças tão atordoantes,
Não consigo meus pés no chão,
Mas reconheço aquele tão radiante feixe de ondas espelhadas
De uma tarde de domingo.
De tão negro e tão claro tudo se compõe,
Meus sentidos se perdem com a dança desta compassada valsa triste.
Perdem-se como espasmos voluntários
Como se tudo estivesse sempre no lugar...
Como se a vida estivesse na mesma estante empoeirada.
Bastava só fechar os olhos e pensar naquilo que deixamos escapar,
Naquilo que deixamos de pensar...
Naquilo que deixamos de sentir...
Pelo medo de eclipse total ao meio-dia,
Onde a vida ao meio se destrói.
Thiago Albert
02 julho 2008
Gigante Universo
Tão pequenos,
Alimentamos sonhos tão imensos
Que se desfalecem pelo dragão do tempo.
E pouco a pouco
Perdemos a noção do belo,
Nos afastamos do sentimento novo
Que de repente deixamos de cultivar.
Sobra simplesmente o tudo
Que cega o pensamento único
De nenhuma vida nos caber.
Ínfimo desejo retraído
Que só nestas palavras, como grito,
Ousam fugir deste fechado lar.
Pois a vida se torna tão grande
Misturada aos passos, que antes,
Insistia sempre em não trilhar.
Não sei se caminho só
Neste deserto de solidão que nós
Teimamos em achar tão imenso.
São as miragens que os passos
Trilhados a duros fardos
Nos deliram do sentir maior.
De amar sem algum sentido
Sem importar se em frente há perigo
Com a consciência do nosso gigante universo
Que cabe na palma de nossas mãos.
Albert
Alimentamos sonhos tão imensos
Que se desfalecem pelo dragão do tempo.
E pouco a pouco
Perdemos a noção do belo,
Nos afastamos do sentimento novo
Que de repente deixamos de cultivar.
Sobra simplesmente o tudo
Que cega o pensamento único
De nenhuma vida nos caber.
Ínfimo desejo retraído
Que só nestas palavras, como grito,
Ousam fugir deste fechado lar.
Pois a vida se torna tão grande
Misturada aos passos, que antes,
Insistia sempre em não trilhar.
Não sei se caminho só
Neste deserto de solidão que nós
Teimamos em achar tão imenso.
São as miragens que os passos
Trilhados a duros fardos
Nos deliram do sentir maior.
De amar sem algum sentido
Sem importar se em frente há perigo
Com a consciência do nosso gigante universo
Que cabe na palma de nossas mãos.
Albert
22 junho 2008
Jornada
Sigo por caminhos marcados,
Imutado por barreiras entre o ser e o pensar.
Siga a correnteza de um rio,
Que deságua sobre o turbilhão de medos camuflados dentro de mim mesmo.
Transito entre mundos opostos, vidas opostas,
Em busca de uma única estrela no meio dessa poeira,
Que queima meus olhos e atordoa meus sentidos.
Sigo com esta lança cravada em meu peito,
Que atravessa o espírito, já morto e nunca revivido.
Sigo repleto de chagas, feridas abertas pelo tempo,
Que não cansam de revirar os segredos que deveriam ser esquecidos.
Sigo por uma estrada de pedras,
Que nunca se bifurca e sempre acaba.
Sigo por entre o vazio,
Onde encontro da imensidão de universos micrométricos.
Sigo por todos os países,
Por todos os solos deletérios que chamam meu nome como a um igual.
Sigo por entre raios de luz,
Que se confundem com a escuridão que me rodeia.
Sigo apenas cambaleando,
Pelos tortuosos segundos que ainda restam nessa interminável canção.
Apenas cantando,
Apenas sorrindo,
Pois sei que quando a noite acabar,
Todos os caminhos serão um só;
E poderei findar meus gritos,
Com alguém que estenderá os braços aos meus.
Thiago Albert
Imutado por barreiras entre o ser e o pensar.
Siga a correnteza de um rio,
Que deságua sobre o turbilhão de medos camuflados dentro de mim mesmo.
Transito entre mundos opostos, vidas opostas,
Em busca de uma única estrela no meio dessa poeira,
Que queima meus olhos e atordoa meus sentidos.
Sigo com esta lança cravada em meu peito,
Que atravessa o espírito, já morto e nunca revivido.
Sigo repleto de chagas, feridas abertas pelo tempo,
Que não cansam de revirar os segredos que deveriam ser esquecidos.
Sigo por uma estrada de pedras,
Que nunca se bifurca e sempre acaba.
Sigo por entre o vazio,
Onde encontro da imensidão de universos micrométricos.
Sigo por todos os países,
Por todos os solos deletérios que chamam meu nome como a um igual.
Sigo por entre raios de luz,
Que se confundem com a escuridão que me rodeia.
Sigo apenas cambaleando,
Pelos tortuosos segundos que ainda restam nessa interminável canção.
Apenas cantando,
Apenas sorrindo,
Pois sei que quando a noite acabar,
Todos os caminhos serão um só;
E poderei findar meus gritos,
Com alguém que estenderá os braços aos meus.
Thiago Albert
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