Vento frio;
No telhado, o grito de quem anuncia o Grande Temporal!
Aproxima-se rápida, porém como um dilúvio...
Lava a terra, as chagas da senhora que não se cansa de reclamar da existência...
Lava a mente, abismo para aqueles que não percebem o perene clamor pluvial!
Abre na terra as curvas de vida e os sorrisos de quem não têm nada para sorrir; mas sorriem!
Pois é o cântico das nuvens carregadas lá do alto...
Alto céu, antes de brilho descontínuo
Agora vermelho, cinza e negro...
Porém a noite sairá depressa
E o que virá será imperfeito demais para ser descrito;
Pois sinto aquela que ainda teima em se adornar
Para a grande dança da existência!
Thiago Albert
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