26 dezembro 2008

Ócio é a idade dos poetas mortos

Gostar de futebol e ser marido
Inspira mais cuidados que um poema
Barroco, porque se quer pena
Com que se compense o proibido

Embriagar-se à noite, sob estrelas
Faz-se mister, porque romantikitsch
E, à sobra inevitável do fator humano
Celebraremos o que não existe.

De sorte que ilusão e morte
Sob a égide da vida coexistem
E, fosse eu o mago do universo,

Faria apenas uns poemas tristes
Com o dom de reviver o mar vivido
Coma a alegria de quem sobrevive.

Marcelo Arruda

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