Não há amor maior que o nosso amor, sobrevivente do tempo, de chuvas, de tempestades.
Não há amor mais corajoso e nem mais covarde.
Este que é capaz de tudo, e que quase nada faz.
Este que por nada abriremos mão de sentir, mas por ele de nada abdicamos.
Não há amor maior que o nosso amor.
Este que habita em canções, em lembranças e reminiscências.
Que traz nos registros do tempo a força do que ele é, a capacidade de eternizar-se por si só.
Este que mesmo não sendo vivido, com pouco já se mantém forte.
Este que sabemos que existirá em nós até a hora da morte.
Não há amor maior que o nosso amor.
Este que não cabe numa infinita frase, ou na breve emoção de um poema.
Este que não se reproduz, que não se vive em qualquer ficção ou qualquer tema.
Não há amor maior que o nosso.
Este que já nasceu querendo morrer.
Este que já nasceu para a eternidade.
Não importa se não podemos zerar nossas vidas, desde que façamos amor sempre pela primeira vez.
Pois não há amor como o nosso, que fazendo-se de morto vive o luto da própria viuvez.
(Suely S Araújo)
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