07 novembro 2008

22 de NOVEMBRO / GOIANA - dia do músico




22 de NOVEMBRO comemorando o dia do MÚSICO na PRAÇA 13 de MAIO em GOIANA, o pólo SILÊNCIO INTERROMPIDO terá as BANDAS:
PRISMA ORBE
PROCESSED
FLORES MORTAS
INFÚRIA

O DIA DO MÚSICO EM GOIANA é um projeto do cantor e compositor ÍTALO PAY, está em sua 3° realização trazendo 24h de MÚSICA em pólos espalhados na cidade, vale apenas parar e ouvir.

O que: DIA DO MÚSICO
Quando: 22 de NOVEMBRO (sábado), 19:00h
Onde: Praça 13 de Maio / GOIANA – PE
Vou para que??? - Assistir as bandas PRISMA ORBE / PROCESSED / FLORES MORTAS / INFÚRIA (QUE PERGUNTA MAIS IDIOTA)

04 novembro 2008

Apresentação Arthur Moreira Lima



Considerado uma das mais importantes personalidades da nossa cultura, Arthur Moreira Lima o mais popular, versátil e completo dos intérpretes clássicos brasileiros, se apresentará em Goiana com seu caminhão palco no dia 18 de Novembro (terça-feira).
Num feito inédito na música clássica no Brasil, o pianista Arthur Moreira Lima criou seu caminhão teatro como forma de levar a grande música de concerto aos mais diversos públicos.

No ano de 2008, pretendemos cumprir o roteiro "Brasil Sertões", formado por 60 concertos nos estados da Bahia, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Tocantins, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Temos muitos pedidos de cidades para serem incluídas no roteiro, o que será feito, levando-se em conta sua importância histórica, geográfica, econômica ou política. Atendendo, sobretudo, às mais carentes. Lavar música clássica ao alcance de todos. Esse é o ideal do projeto Um Piano pela Estrada, que leva Arthur Moreira Lima e seu Caminhão Teatro para todo e qualquer lugar do país.

http://www.arthurmoreiralima.com.br

03 novembro 2008

1° Concurso Fotográfico de Goiana



Participe já do concurso que vai revelar novos talentos em Goiana e ganhe prêmios.

Para participar acesse o site do concurso www.fotogoiana.com.br/concurso leia as regras, escolha sua categoria e inscreva sua foto.
Inscrições de 01 de Outubro à 20 de novembro de 2008.

Local de Inscrição:
Xérox Líder Color
Rua Cordeiro de farias, nº 13, S-04, Centro, Goiana-PE,
CEP: 55900-000, Ao Lado da Caixa Econômica Federal

1º Concurso Fotográfico de Goiana
http://www.fotogoiana.com.br/e_mails/20081002_concurso.htm

site: www.fotogoiana.com.br
participe da comunidade: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=68557997


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Em sua primeira edição, o 1º Concurso Fotográfico de Goiana é a estréia de um projeto ousado, pronto para se consolidar como uma referência regional em premiação e figurar no calendário dos próximos anos entre os principais eventos do cenário fotográfico.
O tema desta edição de estréia é “ Visões de Goiana” e vai premiar os trabalhos que apresentarem a somatória de técnica, contextualização,Criatividade e plástica.

O 1º Concurso Fotográfico de Goiana é promovido pela G-4 Grupo de Empresas, com o apoio do Jornal A Província e da Radio Maravilha FM 88,9. e tem caráter exclusivamente cultural e social, sem qualquer modalidade de sorteio ou pagamento, nem vínculo à aquisição ou uso de qualquer bem, direito ou serviço. O Concurso será realizado na Cidade de Goiana, de 01 de Setembro de 2008 a 20 de Novembro de 2008.

O Concurso é aberto para fotógrafos amadores, brasileiros ou estrangeiros radicados no Brasil, sem limite de idade. Menores de 18 anos poderão participar mediante autorização expressa por escrito e representados pelos pais ou responsável legal.
O tema da 1ª edição do Concurso é “VISÕES DE GOIANA” e obrigatório para todas as Categorias. Só serão aceitas fotografias realizadas em Goiana e nos Distritos da Cidade.

O Concurso será dividido em 2 categorias para exploração do tema: Fotojornalismo, Fotografia Livre com Manipulação Digital. A participação em qualquer uma das Categorias é aberta e livre para qualquer participante, independente da sua profissão.

01 novembro 2008

Mereço

Fim
É o fim que espero
Não pelo cansaço ou pelo medo
Mas pelo começo.
Fim
É o fim que me leva
Toda vez que não posso partir
Ou até mesmo chegar.
Fim
Fim de tarde
Fim do jogo
Fim é o que quero.
Não tomo café
Mas pelo café começo pelo fim
Fim da guerra,
Da pálida paz invisível
Fim da comodidade
da falsidade
de promiscuidade
quero o fim das verdades
pelo começo.
Fim é só o que mereço.

Wendell Nascimento

[...]

Não tenho nos olhos as lágrimas detentoras de todo sentimento do mundo.
Não tenho nas mãos as palavras que trarão conforto a povos.
Não tenho a voz que toca, o som que alimenta a palavra mais certa.
Não, não possuo nada!
Não tenho alegrias, nem medo, apenas vazio.
Tenho sim, palavras secas que ficam perdidas no meio desse deserto.
Tenho apenas a solidão, perdida no meio de outro tantos,
Tenho apenas esse instante, que não passa de menos de um segundo
Na engrenagem do tempo, esse grande moinho que avassala,
Ao mesmo tempo tudo,
Ao mesmo tempo nada!

Thiago Albert

Insensível

Olhe para as suas unhas...
Sua delicadeza automática é ofensiva.
Você parece ser tão frio quanto o seu silêncio.
Sua busca por superficialidades nutre seu próprio vazio.
Seu vazio deriva do aborto dos seus sentimentos instantâneos.
Seus olhos são foscos.
Impossível você ter amor.
Olhe para as suas unhas...
É inútil. Nelas não há resquícios do meu cadáver.

Suely S Araújo

Sítio de Santa Luzia.

Ao meu redor é só mato.
É só verde.
É o som de pássaros, grilos, sapos, cigarras...
Ando pela terra...
Sigo tranqüilo
observando as transformações do sítio de Santa Luzia.
Onde, quando menino, brincava, passeava...
Vou sem medo.
Sou neto de Seu Mandu.
Homem da enxada e da semente.
Cabra-macho.
Honesto e valente de mãos e alma calejadas.
Negro que andava com uma faca
e tinha uma espingarda debaixo da cama.

Tem de tudo no sítio:
banana, abacate, manga, jaca...
Margarida, jasmim, angélica, sorriso...
Boi, cavalo, galinha, calango...
Muitos frutos, muitas flores, muitos animais.
As crianças correm de medo a me ver passar.
Aceno com a mão, mas não respondem.
Elas me olham até que eu suma da vista delas.
A insistência do canavial distorce a boniteza do sítio.
Os coqueiros predominam.
Casas pequenas e simples.
Cumprimento o senhor que corta mato com a estrovenga.
Ele responde com alegria.
Sento no banco de coqueiros.
Onde antes sentei com minha estrela para depois...
Ah! Perfeitas lembranças.
Olho para dentro de uma casa,
vejo um senhor desconfiado,
estendo a mão e ele vem ao meu encontro.
Falo que sou neto de Seu Mandu
e conheço Seu Benedito Bezerra,
meu primo de quarto grau.

Há muitos anos, Seu Geraldo,
com um saco cheio de amendoins crus, cozidos e torrados,
percorre o sítio atravessando terras e gerações com uma bicicleta.
Diariamente se escuta sua voz:
“olha o amendoim, faz crescer e namorar.
Moça bonita arruma namorado.
Faz donzelo casar na hora.”
Mas a urbanidade veio
trazendo o conforto-destrutivo,
e num carro bateu nas pernas do vendedor.
Hoje, ele vende amendoim caminhando com dificuldade.

A capela construída com o sangue dos meus antepassados.
O sorriso daquela senhora me comove.
O vestígio que sobrou do pau-brasil.
Alguns olham a rua para ver quem passa.
Os matutos conversam sobre celulares.
A ciranda toca.
A cachaça alegra e entristece.
A poeira se levanta.
Caem tanajuras.
A roça consola.
Pipa, peão, bola de gude, futebol...
O açude jardim lustral,
fonte de água mineral.
Lata d’água na cabeça.
Fogo à lenha.
Luz de candeeiro.
Muito verde.
Cheiro verde.
Verde claro.
Verde escuro.
Verde-vagalume.
Oh! Santa Luzia, se fores mesmo dona deste paraíso,
fazei com que o sítio não sofra ainda mais.
Porque senão o sítio não agüentará tanta maldade.
E, em breve, deixará de ser sítio para ser cidade.

Sandro Gonzaga

Labirinto

Isso é um labirinto
Se olhar a frente vê-se paredes
Inacabadas.
Seguimentos distorcidos
Caminhos sem rumos
É o mesmo que está
A beira de uma estrada
Sem destino
Sem nada.

Pollyanna Gomes

Palavras agras

O que me resta é esta sensação de mal estar que invade as entranhas. É implorar por uma garrafa de bebida. Tudo que me resta é colocar um sorriso na cara e aceitar o palhaço sem graça que me tornei. É usar palavras e tentar transcender no papel. Palavras amargas, azedas, vivas como células sangüíneas misturadas em catarro. O que me resta é a sobra de algo que já experimentei.

Agora, exatamente agora com estas palavras deixo-me nu, fico envergonhado. Mas, acima de tudo estas palavras me deixam sozinho...

Philippe Wollney

Manhã de abril

Agora estou aqui
Sem querer estar
Mas o absurdo não é
Algo a ser explicado.

A coragem geralmente se esvai
E só a dúvida fica
Talvez eu não consiga novamente
Olhá-los nos olhos.

Não preciso que me diga mentiras,
Nem cuspa no meu rosto verdades,
Prefiro apenas o silêncio
Desta primeira manhã de abril.

Mayra Le Fay

A nós num carnaval

Derrubam os grandes muros
Constroem outros menores
Uniformenazificação
Vamos seguir o exemplo alemão

Nada é novo na história
Só cada carnaval de nossas vidas

E haja fantasia
Pra nos socorrer!

Há homens que derrubam os muros inteiros
Esse são os que mais sabem viver.

Marcelo Arruda

Noite Fria

No meu mundo
Sofro só
Não quero nada de profundo
Não quero que me tenham dó

Sozinha não estou
E não consigo fugir
Desta dor que me acalentou
Na noite em que não me vi sorrir

Por não querer tristeza
Causei a fútil distância
Da razão com a certeza
Do agir com a ânsia

Mas o primorde de outrem
Trouxe um olhar expectante
Fazendo do eu um alguém
Revelando um sol mais inebriante

Marcelly Vidal

Revolução

Muitos tombaram
Sentiram o sabor do sangue

Muitos outros calaram
E sentiram-se sós.

José Torres

Pode me castigar.

Acabei por cometer um pecado
O culpado não fui eu, foi o meu desejo.

E se o desejo for inocentado?
E eu o apenado por ter alimentado o meu desejo?

Assumo o crime.

Pequei, não posso mentir.
Mas Deus há de me perdoar

O maior pecado de todos já foi consumado
E Deus concedeu o perdão

Eu sou apenas mais um pecador
A minha pena certamente será mansa.
Afinal Deus já concedeu o perdão para o mesmo crime.

Simplesmente desejei algo que esteve ao meu alcance
Não posso ser condenado por um simples desejo.

Contudo, se desejar é pecado.
Pode me castigar Senhor!

Deixa-me sentir todas as fases de meu desejo.
Mas deixe-me consumar meu pecado
Deixa-me sentir o prazer do proibido.

E eu sou inocente
Até que se prove o contrário.

Pecado não é crime,
Afinal existe o perdão.

E a culpa não é minha, Senhor.
A culpa na verdade é de quem me deu esperanças.

Eu sou inocente.
Mas se ainda assim, eu for condenado...

Deixa-me sentir todas as fases de meu desejo.
Mas deixe-me consumar meu pecado
Deixa-me sentir o prazer do proibido.

Hugo Farias

''Verdade em partes-1''

O tempo passa...
Apenas o que é real perdura, capaz de fazer pulsar o coração
como também, de calar os pensamentos e confundir as tais
palavras.
A realidade abre as portas do entendimento, faz desabrochar
as rosas que perfumam delicadamente os caminhos a seguir...
Temos que parar de negar, parar de fingir, olhares cegos que
escondem a dor de um sorriso forçado. Sofrimentos por vezes
voluntários, trancafiados, pelo medo de encarar a verdade com as
nossas próprias armas...
Estamos sempre a procura de alguém, algum lugar,onde possamos
por hora descarregar todo peso da nossa insegurança.
A Verdade meu caro, ela não segue a correnteza,
ela é a força d'água,vive em cachoeiras,buscando a liberdade podemos
até pular. Mas em meio a ela, ao sentir o seu peso, o que faremos
para não nos afogar?...

Emanuelle Alves

''Destino''

Ao cair da noite descalça sempre vou
Saudando os meus, te encontrar...
Salve a força da Lua
Salve a força do Sol
Salve a força dos Rios e das Pedreiras
Salve as cachoeiras
As Matas Virgens, o Congo e a Bahia
Salve os Caboclos, as forças Indianas
Salve as forças de Aruanda, e tudo o que me guia...
Sob o sereno sinto a proteção
Que corre em minhas veias
Que limpa a minha áurea
E ilumina o meu caminho
Por onde descalça sempre vou
Seguindo o meu destino
Ouvindo a tua voz
Que meio rouca anseia encontrar
Os meus ouvidos e sem nenhuma pressa lhes falar
Sobre coisas desconhecidas
Coisas estas que nos ligam
Há tempos, há vidas e vidas...
Com tal poder que reencarna
A espera de uma alma
Por aquela que lhe completa
Ao cair da noite nossos corpos já se unem
Sem roupa e sem medo
Certos de que se entrelaçam por um único desejo
O de amar...

Emanuelle Alves

Despedida

Ao te afastares de mim, minha vida se tornou uma eterna reprise
de momentos, em caminho que ainda tínhamos por percorrer...
Me restou apenas ânsia, querer e não poder esquecer. Sei que breve outras
sensações estarão em cartaz, mas nada a me fazer perder de vista tuas estréias
e sucessos.
Só tu me percebestes por completo, sem ter de me distinguir em meio a todos,
me reconheceste sem ao menos me ler, e me traduziste por meio de emoções,
que nem eu mesma jamais pensara possuir...
Tu és o livro secreto de minhas vidas passadas, diário de nuas páginas e capa
selada, de alegrias, lágrimas, e fantasias, que somente a ti confiei.

Emanuelly Alves

[...]

Tenho poucos amigos.
O suficiente para guardar
entre os dedos, como anéis preciosos
Jóias raras, difíceis de se encontrar.
Poucos
O suficiente para tomar um chá
Ou um suco de uma goiaba só.
Amigos que servem de sol
Para aquecer-me nos dias frios
Como barcos que me ajudam atravessar os rios
E compor a paisagem
Do meu arrebol.

Cristina Souza

retalhos

eu questiono a simetria...
na verdade, trata-se, para mim, de uma substância
mas apenas como coisa incômoda.
e eu, que uso tanto o pronome eu.
egonia.

Carol Vitall

Efeito da caninha

Entra pinga
E gira o espaço
Aonde eu fico
Me embaraço.

Ademauro Coutinho