01 novembro 2008

[...]

Não tenho nos olhos as lágrimas detentoras de todo sentimento do mundo.
Não tenho nas mãos as palavras que trarão conforto a povos.
Não tenho a voz que toca, o som que alimenta a palavra mais certa.
Não, não possuo nada!
Não tenho alegrias, nem medo, apenas vazio.
Tenho sim, palavras secas que ficam perdidas no meio desse deserto.
Tenho apenas a solidão, perdida no meio de outro tantos,
Tenho apenas esse instante, que não passa de menos de um segundo
Na engrenagem do tempo, esse grande moinho que avassala,
Ao mesmo tempo tudo,
Ao mesmo tempo nada!

Thiago Albert

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