Adeus...
E foi-se como o último raiar do poente,
Deixando trilhas que só o passado insiste em trilhar.
Foi sem fazer alarde;
Arrumou as roupas,
Passou até a última saia por mim dada
E esvaiu-se...
Caminhou por entre estradas e montes,
Até onde a parca vista alcança,
E se fundiu ao horizonte inatingível.
Ficaram apenas as palavras,
Os cheiros e os sons de passos ecoados;
Tudo perdido na embriaguez deste silêncio
que enterra a alma dos móveis sem gestos,
Enterra o sono das noites
E os sonhos que deixei de viver;
Embebidos pela simplicidade
e pela contraditoriedade
de um à Deus,
Adeus.
Thiago Albert
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