Somos homens. Nunca houve anjos
Santos, deuses, demônios não há.
Há um certo papel que vestimos
Pra não estarmos dispersos no ar.
Nós nascemos pra ter ódio aos pais
E ter filhos pra neles mandar.
Nossos cônjuges, nunca tão íntimos
Quanto as cobertas ao despertar,
Fazem parte do pequeno mundo
Que anda em torno de nós a girar
Os amigos, os mestres, os ídolos
Todos, tudo assim disposto está
Que nos conteste ou que nos confirme
Só a nós conseguimos amar.
Marcelo Arruda
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