Quatro anos de Jacó
Servindo à Lia
Que a vida deu-me
E mais não poderia,
Mercê de ser judeu errante
Sem errar ainda.
Quatro anos construindo um edifício/vida
Que, mais que abrigo, é forte
E farol e porto e ponto de partida
E de chegada, início e fim
Da peregrina solidão do artista:
Curtida, admirada
E nunca compreendida.
Quatro anos.
Quantos dias,
Quantas noites com?
Se faz a embarcação de navegar amor?
Se há vento, que navegue,
E mais não sei.
Que amor assim
Há poucos hoje em dia.
Quatro anos.
Pertencendo a
E possuindo:
Um reino,
Uma rainha
E uma princesinha.
Talvez sem abrir mão de um destino
Que enxergo de Quixote
No meu desatino.
Marcelo Arruda
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