10 outubro 2008

Graça.

O teu rosto límpido,
rara estrela substancial,
deixa o rastro seqüencial
numa réstia que repousa
em rústicas formas rubras...

Do teu rosto límpido,
brotam rios que regam
ruas andadas para reabitar
a robustez permitida em risos,
onde a mágoa em névoa ressurge...

Sou teu rosto límpido,
quando cristalizado na rocha
recente da relevância,
relembro lugares guiados pela terra
que germina rapidamente na rasa percepção.

Verei teu rosto límpido
presente em cada passo multilateral.
Por teu rosto límpido
morreria antes mesmo de nascer.
Em teu rosto límpido
farei a minha última morada!

Sandro Gonzaga

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