13 janeiro 2011

Poeta cheia

A chuva cai.

Enche o rio.

Acorda a cheia.

Numa varanda, sobre o poeta,

cai uma chuva de fantasias que encharca-lhe a alma,

Uma hemorragia internaexterna inunda o seu existir

e o seu sanguetinta esborra,

borra e jorra em sua avenida em branco

no exato momento em que o vento sopra-lhe a nuca.

Um sorriso, como um néctar, escapa-lhe pelo canto da boca.

E o poeta, com o olhar estático,

observando o tudo no nada,

percebe que é meio rio,

meio chuva

e todo cheia.

André P.



Nenhum comentário: