Sou o grito que ninguém gritou
O soar das doze trombetas
A ressurreição daqueles que não foram e vivem a vagar
Sou ele, aquele que ninguém ouviu falar
O que enviou fé através da dor e sofrimento alheio
Sou o vento frio que traz calafrio e revive pensamentos
Que nunca foram esquecidos
Sou Judas, sou Abraão, sou aquele que o renegou três vezes,
O desconhecido, o inconfundível,
A sombra de um feto em formação, a escuridão,
O que vaga a procura de sangue novo
O que não deixa suas vítimas escapar,
O impiedoso, o abstrato,
Aquele cujo o nome não pode ser pronunciado.
Aluizio Fidelis
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