Dessas coisas sem limite
Canta o poeta a riste
Coisas que ao verso se prendem
Por ser trama e entranha
Não diz o homem cru de terra
Com a boca da despeja
Nem com olhos petrificados
Diz sim o coração
Com a perfeita marcação
Ponto a ponto fraseado
Rasgando garganta afora
Dessas coisas sem limite
Diz o poeta como abortado
Que parí-lo é preciso
Mesmo sangrando o poema
José Torres
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