É como um barco sem leme
Sopro sem pluma
Saudade sem cais
Lavrar o coração sem sol
E sentir o gosto salobre da água
Engendrar a ferrugem na veia
E ver o passeio estático das pontes
Varrer a poeira lunar
No cedo do ser revelar
Que pode um coração-afluente
Mirar outra paisagem
Serenadamente nua
Candeia
E assim derradeira
Nascerá mais bela e inteira
Doce e natural
Uma canção inexata
Cor de areia
Láctea chuva temporal
Inundando em mim
E assim
Toda estrada será a rota altaneira
Do há de vir do bem do Tao
E a fronteira final
Miragem
E um tom Sol
Claridade
E o tão só
Miragem
De: luiz Duarte / esso Guimarães
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