09 fevereiro 2011

Escritor vs Muriçocas, parte I

This is your name: Muriçocas

Para quem esta chegando do passado a esse novo século vá logo se acostumando com os climas tronxos, coisas que só podem acontecer no Brasil, filas pra tudo, trânsito e outros congestionamentos, câmeras em todos os lugares, desastres da natureza a todo tempo, pessoas nascendo cada vez mais estúpidas e um verdadeiro problema que eu particularmente vivo e alguns de vocês, quer dizer alguns, aqueles que moram na torre de babel estão isentos deste pequeno problema. Que é nada mais nada menos que: muriçocas.

Muriçocas são pequenos mosquitos do satanás que não vão deixar você descansar um minuto sequer. E por mais que você lute e busque soluções elas sempre irão voltar. Como aquele namorado chato que quando te encontra ou namorada no caso das mulheres é bem mais difícil, enfim, assim como estes dois, as muriçocas, ah eu odeio fazer essas comparações, quero engordar esse texto e fazer com que fique legal, mas, agora assim, esses bichos nós nunca saberemos como, mas, eles sempre vão voltar e fiquem certo: que serão longas horas que você passará de saco cheio até que finalmente eles morram.

Matando com as próprias mãos.
Primeiro. Táticas de guerra, saber onde o inimigo se esconde.
Segundo. Espremer-los contra parede não deixando ele escapar de seu território pois, ele pode denunciar sua posição.
Terceiro. Ter ótimos reflexos, sentir onde o inimigo vai beliscar, saiba, que sempre é nas pernas, nucas, costas e nos braços. Os mais safados, por baixo das saias, mas, até hoje não temos nenhuma ocorrência disto.

Tentativas de camuflagem.
Sentindo as mordidas vejo que é a hora de me camuflar, calças de pano, camisa de mangas, mesmo que eu esteja afim de dar uns amassos na patroa não há escapatória, tira a calça rapidinho e depois veste se não quiser levar picada na bunda em duplo sentido. A calça pode e tem que ser de pano não jeans não ser que você queria dormir já pronto pro trabalho.
Outra solução é procurar mexer o corpo pra que elas não pousem e nisso vale tudo, forró, axé, dançar o creu, pular, vale até simular síndromes de tourette ou parkson.
As vezes vasculho meus bolsos na esperança de achar ali perdido alguma nota, quando acho, não penso nem em terminar essa texto, corro pro supermercado, mercadinho, quitanda, bocada, qualquer lugar que venda baygon e mando uma rajada semelhante a cena de Rambo com sua metralhadora. Quando não tenho essa maravilha em minhas mãos vou com sentinela, mas, as muriçocas já adquiriram uma mascara de gás para evitar o cheiro da fumaça, isso não adianta nada, queimar aquela rodela verde que eu chamo de oiti de marciano por algumas horas, uma catinga de lascar, quando penso que vai ter resultado, está eu tomando nebolizador por causa da fumaça que causa asma. E os mosquitos comemoram – e isso companheiros e companheiras a causa é nobre e luta continua.

Achando falhas no campo de batalha.
Isso acontece comigo simplesmente porque vacilei, certamente só eu como o vizinho também que fez essa cagada, deixando a caixa d’água aberta, poças d’água, mato ou terreno baldio, tudo isso faz com que esse mosquito vindo do inferno nasça para por o terror no mundo.

Cessar fogo?
Certamente vou, pelo menos, por enquanto que eu estiver dormir ou for ver aquelas coisas no computador que só vejo quando a mulher dorme. É ai que elas atacam, no fraco do homem, nas canelas, nas costas. Ficam voando em cima da minha cabeça. E há aquelas que zombam quando se erra a mira da palma de mão, então quando começo a me irritar, elas passam voando dando risinhos bem no início do espaço sonoro do ouvido, ô barulho incomodante.
Por mais que limpe sempre a casa por mais que a preguiça seja um dos meus pecados favoritos, mantenho tudo limpo, mesmo assim sofro com a turma da Maga. Apelido esse que acabei arranjar. Porém quando ela esta gordinha de sangue fica doidona e nem levanta vôo. E ai que se deve pega-las.

Vingança com as próprias mãos
A danada fez o que fez comigo, esperou lá no teto eu chegar cansando do trabalho, tomar um banho o cheiro recém saído do banho é que a excita ainda mais, na hora que me sento, ponho um café pra ver as boas notícias do jornal, ela desce e chama a canbada, vai por baixo da mesa, pois, adora ser discreta, senta de leve no couro, que é pra não assustar e dá a primeira mordida da noite. Na intimidade a mesma coisa, no vuco-vuco dos corpos pegando fogo elas participam picando as costas, depois no sono profundo elas trabalham livremente.
Passaram a noite assim, na maior farra, quando amanhecem estão nas paredes, gordas de sangue e cansadas, então, é ai que você respira, ri, esquenta a mão e manda ver, é uma verdadeira chacina, eu simplesmente exponho minha alma selvagem e de carnificina. As que escapam, contam a história, as que não, ficam pregadas na parede para que as formigas façam o resto do trabalho, recolher seus corpos e enterrá-las nas mais profundas e desconhecidas cavernas aonde minha curiosidade sobre as formigas não acompanham.

Fim feliz?
Nada quem dera, se todas as muriçocas morrerem de uma só vez, eu estaria simplesmente satisfeito, haveria uma festa e feriado nacional, a rendição das muriçocas. Enquanto isso, vou ai, procurar dormir. E detalhe enquanto fiz esse texto matei cinco delas, mesmo com a raja de baygon, mesmo com os sentinelas acessos, e minhas palmadas, elas, ainda insistem, porque? Porque?
Soube que uma nova arma foi criada, uma raquete que dá choque e isso tem isso um grande avanço já que pode derrubar vários pelotões delas. Mas enquanto os novos recursos não chegam da capital, vou me camuflando como posso.
Ops... Acabei de matar a sexta muriçoca, quer dizer, a sétima, depois disso, não falo mais nada.

--
Aldemir Sukhu

3 comentários:

Henrique de Shivas disse...

;D Texto legal. Muito criativo e com ótimo senso de humor. ,,,/ (Henrique de Shivas gr.)

Silêncio Interrompido disse...

pois é Shivas, os textos do sukho é cheio dessas coisas. ah... haverá pots semanais dos trabalhos do sukho por essas bandas.
abraço

Henrique de Shivas disse...

- ótimo!
- aguardo os textos vindouros.
- ;D