21 fevereiro 2011

O Futuro

Vi coisas belas nos céus vibrando
como nuvens elásticas o vento esmagando
no balaço descompasso do espaço.

Vi sidérios de óvnis prateados
doirados de luzes e de um vapor-neônico
e containers de ferro submersos em amálgamas de rubro-fluido.

Vi navios de diamante cintilar risonhos
na estrada que vai da Terra ao Sol
e aves de metal movidas a fogo e plasma-etérea.

Vi reinos de máquinas em vapor pleno
do sulfúrico-ácido o mar brotando
na aurora de um paraíso-magnético.

Vi ruas de siderúrgico-aço o chão botando
e tratores de vinte metros um vão abrindo:
um rombo em meio à superfície de um metal.

Vi mulheres com bundas de plástico o músculo embotando
e homens de cérebros eletrodinâmicos
da vida a equação fazendo.

E pássaros com cantos de microfone
antenados às redes de telecinese mundiais
voando sobre uma linha de espuma e ondas magnéticas.

E jasmins de sintéticos-perfumes brotando sob a luz das lâmpadas de sódio
ricas da fotossíntese que o carbono engendra
e plácidas de nutrientes que o adubo encontra.

Henrique de Shivas Gr.
Coleção POEMAS DO FUTURO

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