Senhores donos da terra
Juntai vossa rica tralha
Vosso cristal, vossa prata
Luzindo em vossa toalha
Juntai vossos ricos trapos
Senhores donos da terra
Que os nossos pobres farrapos
Nossa juta e nossa palha
Vêem vindo pelo caminho
Para manchar vosso linho
Com o barro de nossa guerra
Nossa batalha sangrenta
Como diria Rosildo
Em Quixote e um Sancho Pança
Ou um Sancho Pança e um Quixote,
Pois não vale muito a morte
Mas a glosa que se entrança.
O verso mais que o poeta.
O canto mais que a viola.
Mais que a ida e do que a volta
A viagem, a descoberta.
Marcelo Arruda
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