19 setembro 2008

NEVITAVELMENTE UTÓPICA

Se eu renegar minha utopia
Como vou pensar na linha do horizonte?
E como vou ultrapassá-la?
Como vou formatar 'porquês'
Ou construir minha filosofia?
Me diz você
Que se incomoda com minha utopia.
Onde vai morar as poesias?
Quem vai cantar as melodias?
Quando ocorrerá a hegemonia?
Me responde você
Que quer fazer de mim
A comum alienada
Subordinada
Me responda agora!
Afinal é você
Que acha que a dramaturgia
Vai fazer esquecer o entediado dia.
Espera!
Antes que tome teu fôlego
Digo-te sem receio
Não vou deixar de lado minha alegria
Minha fantasia. Minha nostalgia.
Mas deixo pra você toda essa agonia
Todo esse conformismo
Convencionalismo barato.
E antes que recue
(amedrontado com minhas palavras)
Escarro-te na cara
Que não sou impotente
Muito menos hipotética
Eu sou utópica
Pois não,
Não renego minha UTOPIA!

Marcelly Vidal

Nenhum comentário: