19 setembro 2008

Medo.

O homem de memória
lembra do laço que se desfez.
Atrás da história
segue com passos vacilantes
pela rota escolhida.
O vestígio ficou para trás.
O agora é resultado de outrora.
Os canais estão abertos...
Chegou à hora de ir embora
novamente pelas ruas provincianas.
Instáveis somos conduzidos
por efeitos produzidos
nas situações cotidianas.

A percepção está aflorada
para não tropeçar nas pedras.
O bem e o mal andam juntos
na natureza, nas ações humanas...
O desespero e a esperança...
O desespero queimou num lugar...
Sua fumaça subiu para longe...
A esperança passeia pela sala
senta numa cadeira
à mesa ornamentada.
O espelho que reflete
através da janela aberta
um mundo superficial e artificial:
Casas, antenas, postes...
Aquela estrela apagada pela nuvem densa
que se aproxima.

A chuva vem com luzes e sons
para esfriar a noite.
Pensamentos, descobrimentos...
O inimigo nunca se separa de você.
Onde está indo?
O que fazes?
A tempestade vem...
Está levando consigo tudo por onde passa.
Você fica ou vai?
Eu não quero me molhar,
posso ficar resfriado.

Sandro Gonzaga

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