18 março 2011

porra/e de poesia

meu dia
virou
poema
injeção
de poesia
[penetração de um gigante poema]
gozo
de erótica heresia
poemundo
porre de metrópole
porre de zona
porre na mata
porra
quem me dera,
chovendo em goiana e em recife
encharcando as lonas dos circos de horror
lapada de cana
cana
e
lapada
show da tua dor
choro
chorume
erosivo
resta
aresta de solidão
mata
mata, cachaça
apego foi morto a tiros à queima roupa
- matei-o -
passado
presente
sempre
no peito
nos peitos
no corpo todo
- coração não é o corpo todo?
clitóris no pescoço
pôr-do-sol na alvorada
queijo na chapa
vida maruja
amor
sabor de cor de chuva
fico
declaro
que o amor
é verdadeiro.

caroll vital
(para P.W.)

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