25 janeiro 2009

Restos parados

Voltaste do mesmo modo que foste
(não do mesmo modo exatamente),
O que te fazia ir, permanece
Rindo e chorando com a tua volta
Pois antes, só choravam pela tua ida.
O que tu dizia ser forte motivo para ficar
Não suportou como as rochas
O tempo das ondas de saudades.
Não permaneceu em pé
Porque depois que se cortas, a flor murcha,
Perde o cheiro, cor. Colapso das pétalas.
Ficou olhando a manhã distante
Pelos vitrais quebrados, imagem em mosaico
Que contava história de vida.

Não se era suficiente motivo para matar.
Não se era motivo suficiente para morrer.
Por um tempo viver não era suficiente,
Mas, só por um curto intervalo de tempo.
Pode olhar o céu, sorrisos
Ouvir outras vozes outros gemidos
Porém, como ainda é difícil,
Por sobreviver fragmentos
De quando na vida o tempo havia parado.

Philippe Wollney

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