18 junho 2011

Donde Venho

Venho da terra do cangaço
Onde cavalo manco come poeira
E boi brabo termina no laço.
É um lugar de paisagens belas
Tem da preta e molhada
À palha seca e amarela.
A água boa de lá é ardente
Quem dela bebe cospe quente,
Dobra tudo que a gente vê
E passarinho nenhum se atreve a beber.
Apesar da vida sofrida
Levada com o pé da barriga
Lá, quem precisar de ajuda
Terá sempre quem lhe acuda.
Mas donde venho o que é mais de se admirar
Existe de leste a oeste,
E que em qualquer lugar que chegar
Tem sempre um cabra da peste.

André Philipe

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