30 dezembro 2009

Telefonema.

Linha do horizonte.
Ritmo marítimo.
Tonalidades de verde.
As ondas quebram nas pedras.
Pedras polidas.
Pontas expostas.
Rochas esculpidas.
Nuvens sobrepostas.
Mundo enorme
será que ela dorme?

Solidão de lua quase cheia.
Areia de praia.
Teia de sentimentos alados.
Pés lavados.
A imaginação inventa.
O sono acalenta.
Mundo enorme
será que ela dorme?

A banda toca com reverência
a oração de São Francisco.
Ninguém quer saber de penitência.
Afinal, a evolução é nossa sina.
Fiel ou folião?
Qual das duas?
Muitos fogos na esquina.
A procissão do frevo anima pelas ruas.
Muitas pessoas acompanham na madrugada.
De longe se ouve da noite a risada.
Mundo enorme
será que ela dorme?

Parede de vento.
Maresia, calmaria...
Saudade-branca.
Amor sereno,
não estamos em lugares diferentes.
Estamos em corpos diferentes.
Portanto, moramos em dois corpos.
Mundo enorme
será que ela dorme?
É cedo, mas já não dorme!

Sandro Gonzaga

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