04 janeiro 2012

coito ergo sum II

é uma compulsão danada de te escrever, rever, reler teus olhos, lábios, teus sete sinais de minha ultima conta, a falta de fôlego, gosto, cheiro, apenas um silêncio em olhos profundos, escuras iris-eros segundos. pela clara amarela sarça sagrada que arde-me entre caixa-toráxica-pernas-braços meu físico esquálido pardo de negro degenerado. e quase poema me faço-falso-fauno-fogo-fátuo-falo de mim pra ti.
quantas provisões errôneas, quanta prudência errática quando se trata do amor & psique. quantas pré-visões emanam dos segundos antes de abrires a perna, quantas demandas esqueço, quantos crimes de tempo cometo, quantos vícios de sentimentos abasteço para estar assim sem medo, reafirmando as palavras escrevo, sem esquecer as conseqüências insisto: amo logo existo. 


P.W.

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