Embaixo de pedras
Acho lacraias.
Traças
Dentro dos livros.
Dentro das gavetas
Cacos de vidros.
Nos armários
Vencidos enlatados.
Nos ouvidos,
Cera.
Entre os dentes
Bife mal passado.
Mãos segurando
Violão desafinado.
Na garganta pobre grito.
Lombrigas
Em intestinos constritos.
Dentre coxas
vênus-púbis.
Lábios,
Tórridos beijos.
O que importa
Que atrás da porta
Haja desespero?
Ducto oco
É um corpo.
No crânio
Pouco cérebro.
No papel
Infinitos mistérios
E nomes não conhecidos.
Na liberdade
Encontrei o amor.
Nas tuas previsões
Achei o marasmo.
Os modos
Estão todos errados:
Extirpamos, sistematizamos,
Uniformizamos a consciência.
Se procurar, acha.
Quando achar
Não se faça de completo idiota.
Philippe Wollney
Um comentário:
marcante! Viva a nossa liberdade de expressão...
Ei..tu repetiu meu poema =)
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