Com os olhos vê o que vêem todos
E filtra a imagem no coração.
Depois, um deus, dá forma ao pó
Com o instrumento da emoção.
Há que usar água da fonte
De quanto o homem tem sido.
Nunca esquecerá que é barro
Vendo-se assim refletido.
Bate, amassa, afaga, e eis a peça
A que empresta o sopro da vida.
Uns chamam dom, outros de ofício
Ao seu trabalho de criação.
E ele, como que parindo
Vai construindo mundo com as mãos.
Marcelo Arruda
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