02 julho 2008

Gigante Universo

Tão pequenos,
Alimentamos sonhos tão imensos
Que se desfalecem pelo dragão do tempo.
E pouco a pouco
Perdemos a noção do belo,
Nos afastamos do sentimento novo
Que de repente deixamos de cultivar.
Sobra simplesmente o tudo
Que cega o pensamento único
De nenhuma vida nos caber.
Ínfimo desejo retraído
Que só nestas palavras, como grito,
Ousam fugir deste fechado lar.
Pois a vida se torna tão grande
Misturada aos passos, que antes,
Insistia sempre em não trilhar.
Não sei se caminho só
Neste deserto de solidão que nós
Teimamos em achar tão imenso.
São as miragens que os passos
Trilhados a duros fardos
Nos deliram do sentir maior.
De amar sem algum sentido
Sem importar se em frente há perigo
Com a consciência do nosso gigante universo
Que cabe na palma de nossas mãos.

Albert

Um comentário:

Agnes Mirra disse...

Linear e direto,esse poema é um convite à reflexão.Parabéns pela composição!