O que escondem estas sombras
Que teimam em se refugiar em universos tão pequenos?
Como as novas que a tudo sugam como um ímã,
Brincando de mudar tais infinitos?
Como um abismo onde um eco fragmentado pelo tempo
Traz lembranças tão atordoantes,
Não consigo meus pés no chão,
Mas reconheço aquele tão radiante feixe de ondas espelhadas
De uma tarde de domingo.
De tão negro e tão claro tudo se compõe,
Meus sentidos se perdem com a dança desta compassada valsa triste.
Perdem-se como espasmos voluntários
Como se tudo estivesse sempre no lugar...
Como se a vida estivesse na mesma estante empoeirada.
Bastava só fechar os olhos e pensar naquilo que deixamos escapar,
Naquilo que deixamos de pensar...
Naquilo que deixamos de sentir...
Pelo medo de eclipse total ao meio-dia,
Onde a vida ao meio se destrói.
Thiago Albert
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