O meu eu é como e como um Zeus
que bêbado se perdeu
Sem saber o que era seu
Nem ao menos que era um Deus.
É como uma peça esquecida num museu
Ou uma cor desanimada que o tempo esmaeceu.
Mas como um mendigo que o mundo esqueceu
E que nunca despreza o pouco que alguém lhe deu
levo nas costas o peso do meu eu
Como um soldado que não abandona um companheiro seu
Tentando reanimar aquele que já morreu.
André Philipe
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