É assim que me dizem;
É assim que me tratam;
É assim que me olham...
Para muitos, não passo de um depósito de dejetos
Onde urinam e defecam
Olhares confundidos,
Pensamentos não concluídos...
E entre descargas de sentimentos descomidos,
Consumo todos os seus insumos e sumo.
E é assim que os vejo;
É assim que os digo;
É assim que os trato...
O alimento que me dão não é digno de um prato
Mas ainda os considero uma fonte de esterco que me aduba.
E eu, ainda que pareça mendigar ajuda,
Sou um rico catador de lixo,
Louco das pancadas do viver,
A procurar, reciclar e devolver
As merdas que eles puseram no mundo.
André P.
Goiana, 07/02/2011
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