Na manhã de todo sábado
Muita gente se reúne
Para vender farinha de saco,
Feijão verde e até estrume
Dona de casa acorda cedo
E na feira vai comprar
Amendoim e rapadura
Pro marido lhe agüentar
O boêmio lá na rua
Amanheceu à noite brincando
E para se despedir da lua
A cabeça de galo foi tomando
Um menino bem buchudo
Acordou junto com o galo
Pegou o carro de mão
Que enche sua mão de calo
E na feira vai brigar
No grito ou na tapa
- Ô madame vamu levá?
Comigo é quase degraça.
E lá no fim da tarde
O menino vai para casa
Leva no bolso dinheiro
E no carro a feira rejeitada.
Caio Dornelas
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