Vejo.
Nas ruas, cidades, estados,
Tapam os olhos.
O mundo dorme tranquilo
Com seus remédios tarjas pretas.
Falo.
Grito.
Todos amplificam seus próprios ruídos.
Nas pontes, praças, escadarias,
Bêbados reunidos.
O mundo se alegra omisso ao que sempre sonhou.
Ouço.
Abertos estão os ouvidos.
Abertos estão os ouvidos.
Escutem!
É silêncio?
Não há resposta.
Por que o silêncio?
– Aberto estão os ouvidos.
Philippe Wollney
3 comentários:
Bingo!
...
Suely
Su, tô por aqui, meio que desocupado (apesar de coisas pra caralho para fazer), relendo os poemas, tentando revisar algo. e este poema por muito tempo o achei ruim. ainda acho (kkkk) mas, lembrou-me um poema de uma poeta chamada Silvana Menezes. "o poeta enxerga tanto / ao ponto de fazer das palavras / as balas / que de alguma forma ou de outra / jogariam seus miolos / a dez metro de distância"
Philippe Wollney.
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