A chuva cai.
Enche o rio.
Acorda a cheia.
Numa varanda, sobre o poeta,
cai uma chuva de fantasias que encharca-lhe a alma,
Uma hemorragia internaexterna inunda o seu existir
e o seu sanguetinta esborra,
borra e jorra em sua avenida em branco
no exato momento em que o vento sopra-lhe a nuca.
Um sorriso, como um néctar, escapa-lhe pelo canto da boca.
E o poeta, com o olhar estático,
observando o tudo no nada,
percebe que é meio rio,
meio chuva
e todo cheia.
André P.
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