13 janeiro 2011

Naturalpoesia

Não preciso de formação para formar meus poemas.

Só preciso que, em formação, as informações me dirijam.

Não preciso de literatura,

Pois o literal que tenho já está à altura.

O que me rege é o que penso

Portanto, o resto eu dispenso.

Dispenso regras, réguas, bom senso.

Dispenso até a gramática

E toda essa grama midiática

Que nutre com estrumo seus expectadores.

Seus: espectros atados de dores.

Só preciso do meu mundo em branco, encadernado,

Encarcerado, escancarado como a fossa do senado!

Para saber roubar é preciso saber onde Brasília fica?

É preciso de aula de anatomia para saber onde colocar uma pica?

Então não me imponha essa máscara burocrática que aprisiona o teu monstro.

A minha cabeça é um bosque de idéias

Onde habita uma fera faminta

E para que eu escreva,

Basta apenas que eu pare, sente e sinta.

André P.

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