Não preciso de formação para formar meus poemas.
Só preciso que, em formação, as informações me dirijam.
Não preciso de literatura,
Pois o literal que tenho já está à altura.
O que me rege é o que penso
Portanto, o resto eu dispenso.
Dispenso regras, réguas, bom senso.
Dispenso até a gramática
E toda essa grama midiática
Que nutre com estrumo seus expectadores.
Seus: espectros atados de dores.
Só preciso do meu mundo em branco, encadernado,
Encarcerado, escancarado como a fossa do senado!
Para saber roubar é preciso saber onde Brasília fica?
É preciso de aula de anatomia para saber onde colocar uma pica?
Então não me imponha essa máscara burocrática que aprisiona o teu monstro.
A minha cabeça é um bosque de idéias
Onde habita uma fera faminta
E para que eu escreva,
Basta apenas que eu pare, sente e sinta.
André P.
Nenhum comentário:
Postar um comentário