Por que ri felicidade? Se o vazio intrinsecamente dos olhos exalta o parapeito do mortal homem! Se os suores, desamores e descrentes escarnecem os karmas velhos e a boca surda destrincha os pesadelos do peso partido. E lá está a carcaça da senhora esperança, espalhando trapos, farrapos...e a feliz cidade vomita os cadáveres da terra, sarrando com Deuses e Anjos. POR QUE RIS felicidade santa! Se o abajur vermelho escorregou e quebrou no vidro da orgia imaculada, e as pombas-virgens rompem, rasga...amor-tece as cabras cegas e os vampiros secos! E a feliz-cidade devora seus servos, escravos homens vulneráveis! E a vermelhidão da tua menstruação extravasa a boca, e cai no bueiro do sentimentalóide cômico mendigo pensante! POR QUE insiste em ri felicidade, rolar nos cobertores inférteis, e que as mulheres mulas, musas... Musicam suas estradas imaginárias e os senhores sem sombra e assustam suas sombras.
Irlandson (poeta & ator)
Arcoverde
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