30 setembro 2008

recital 27/09 (contra os velhacos da literatura)




recital Silêncio Interrompido 27/09







Sábado 27/09

Contra os velhacos da literatura

Novamente fomos para a feira livre de Goiana com os nossos incensos, algo para molhar a garganta, bandeira colorida, placa da garota rosto-megafône e... uma troça de coco e maracatu (poesia na feira para não ficar em estantes levando poeira). Recitamos, riram de nós, rimos deles, cantamos para eles (cocos de Sebastião Grosso) e dançaram conosco.
Diante de tanto lixo nos ouvidos provenientes da poluição sonora dos candidatos às vésperas das eleições municipais, as pessoas mal acreditaram que uma porção de jovens estavam recitando e fazendo coco de roda no meio da feira. Vi o sorriso no rosto de muita gente, vi muitos pararem para tentar entender o que se passava. Ademauro Coutinho, Adinho Vidal, Carol Vitall, Fred Gadelha, Lucas Mendonça, Marcão Aurélio, Philippe Wollney, Thiago Piaba, Thiago Noiado. Foram este os responsáveis por ganharem a feira com palavras e tambores.
E ainda gritaram: - ô café gostoso!

recital Silêncio Interrompido 26/09








Sexta 26/09

A Babilônia não está tão longe pela quantidade que se consome...

Soa a canção enfrente a igreja da Conceição em Goiana, o Silêncio Interrompido apodera-se de uma bicicleta de propaganda, palco com as devidas proporções, um amplificador levando uma voz distorcida para os ouvidos interessados. Assim o recital aconteceu, na sexta-feira [26/09], os poetas chalacentos com sua trupe em frente à Faculdade de Goiana. O atentado poético foi realizado por Ademauro Coutinho com sua loucura de esquina, Carol Vital (apoio) Charles Marinho com a surpresa do aboio, Philippe Wollney com a cretinice , Thiago Noiado com a lôa da cana. E se fez assim, para quem quisesse ouvir o recital de poesia pelos poetas Goianenses neste final de setembro.
As crianças pulando na calçada se despediam: - tchau, seu palhaço .

Eu queria ser louco mas, eles chagaram primeiro.
LUZIANO JARDIM [mago]

22 setembro 2008

1º Concurso Fotográfico de Goiana



1º Concurso Fotográfico de Goiana , dedicado à revelação de trabalhos de Amadores e novos talentos da fotografia Goianense.

Em sua primeira edição, o 1º Concurso Fotográfico de Goiana é a estréia de um projeto ousado, pronto para se consolidar como uma referência regional em premiação e figurar no calendário dos próximos anos entre os principais eventos do cenário fotográfico.
O tema desta edição de estréia é “ Visões de Goiana” e vai premiar os trabalhos que apresentarem a somatória de técnica, contextualização,Criatividade e plástica.
participem, mais informações: http://www.fotogoiana.com.br
- eu vou.

21 setembro 2008

II FESTIVAL DA CAPOEIRA ARTE E DANÇA



II FESTIVAL DA CAPOEIRA ARTE E DANÇA
27 e 28 de SETEMBRO EM GOIANA

27/09
09:00H EM FRENTE À IGRAJA DO AMPARO
[Roda de boas vindas]

14:00H ESCOLA MAJOR GADELHA
[oficina de coco-de-roda]

19:00H EM FRENTE AO CONVENTO DO CARMO
[aulão de capoeira]

28/09
09:00H ESCOLA IV CENTENÁRIO
[batizado e troca de cordas]

RECITAL DE POESIA 26 E 27 SETEMBRO




SILÊNCIO INTERROMPIDO
RECITAL DE POESIA/POETAS GOIANENSES
26 E 27 DE SETEMBRO
26/09 [SEXTA] 20:00h
EM FRENTE À FFPG (Faculdade de Formação de Professores de Goiana)
27/09 [SÁBADO] 07:00h
NO MEIO DA FEIRA LIVRE DE GOIANA

19 setembro 2008

Daqui a pouco

Sinto que a morte
Me olha.
Me olha com sede
Me olha diferente.
Preciso ser menos inconseqüente.
Senão ela vai me levar.
Esse calafrio
Esses dias passando devagar
Pode ser meu fim
Ou o momento, o instante
Que tenho, que preciso
Para me eternizar, para ser feliz.
Sinto que a morte
Me olha
Me olha com carinho
Me olha com tristeza
Esperando qualquer deslize
Qualquer vacilo que seja,
Preciso ser menos inconseqüente senão ela me leva.
Me leva!
Me leva!
Ela ama o meu cheiro e
Eu sei que ela me quer
Meus passos
Meus pêlos
Ela me segue
Ela me provoca
Ela me instiga
E me sufoca
Me prende e
Me solta
Parece poesia
Mas todo dia
Sinto que a morte
Me olha!
Me leva!

Wendell Nascimento

Eu estático

Queria poder falar de encantos,
De amores, de tantos momentos sublimes.
Queria poder ser a voz e canto
A palavra liberta entoada sem crime.

Queria o meu eu sem a dor e o pranto,
Que por mais que demonstro, sempre disfarço.
Queria poder apagar essa culpa
De anos de luta sem mover um só passo.

Queria um poema que de tão simples
Falasse o que exprime os gestos que não trago.
Queria ser o eco entoado sem esforço
Pelos passos que movo, por meu eu estático.

Thiago Albert

Verdades

Perdão por meus sentimentos.
Porque há verdade neles.
Há verdade na imperfeição deles.
Não disfarço meu amor, não sei também camuflar minhas dores, raivas, cócegas, insatisfação ou
gozo.
Não sei ser doce quando estou machucada.
Não sei ser indiferente com minha solidão, isto pode me fazer parecer indiferente a você.
Perdão por eu não sorrir todas as vezes.
Me lembro de muitas vezes em que eu não sorri, nem chorei; outras, chorei de rir.
Perdão por fazermos amor se eu estiver bem contigo e comigo mesma.
Não disfarço minhas vontades, não sei também camuflar meu desejo ou minha frieza, meu tesão ou
minha indignação.
Porque minhas emoções me omitem, mas não pretendo omití-las.
Eu quero ficar em mim, porque aqui eu posso me ver, me aguentar, aguentar o peso do chão que me
sumiu.
Tenho céu nublado ou estrelado, acinzentado, avermelhado, molhado, vazio, com rumo, sem rumo.
Se me tiram o chão, me resta o céu, se não há mais céu, sou eu que sumo.
Não sou chão, não tenho chão.
Ninguém pode me pisar.
Não sou céu, mas tenho um céu onde ninguém me sobrevoa.
Perdão porque fico bem contigo antes de ficar bem comigo.
Porque eu te perdôo antes de me perdoar por ter te permitido me fazer chorar.

Suely S Araújo

Medo.

O homem de memória
lembra do laço que se desfez.
Atrás da história
segue com passos vacilantes
pela rota escolhida.
O vestígio ficou para trás.
O agora é resultado de outrora.
Os canais estão abertos...
Chegou à hora de ir embora
novamente pelas ruas provincianas.
Instáveis somos conduzidos
por efeitos produzidos
nas situações cotidianas.

A percepção está aflorada
para não tropeçar nas pedras.
O bem e o mal andam juntos
na natureza, nas ações humanas...
O desespero e a esperança...
O desespero queimou num lugar...
Sua fumaça subiu para longe...
A esperança passeia pela sala
senta numa cadeira
à mesa ornamentada.
O espelho que reflete
através da janela aberta
um mundo superficial e artificial:
Casas, antenas, postes...
Aquela estrela apagada pela nuvem densa
que se aproxima.

A chuva vem com luzes e sons
para esfriar a noite.
Pensamentos, descobrimentos...
O inimigo nunca se separa de você.
Onde está indo?
O que fazes?
A tempestade vem...
Está levando consigo tudo por onde passa.
Você fica ou vai?
Eu não quero me molhar,
posso ficar resfriado.

Sandro Gonzaga

Grito para o mundo

Explode esse corpo
Põe nele um fim.
Cata as maldades,
As desavenças.
Mata esses insetos
Perdidos de tanta mágoa.
Afoga essa cabeça
Até não sentir mais nada.
Alimenta esses vampiros
Com o próprio sangue.
Regurgita esse bolo de massa
Que de verde não tem nada.
Raspa a miséria
Do cabresto dessa senhora.
Amarra esse fio de aço
Naquele penhasco.
Rola e rola pelo chão
Frio e molhado.
Ganha essa luta
De opressão.
Vinga-te de tudo aquilo
Que te fez mal.
Espírito muda-te daqui
Para o infinito.
Deixa de ser silente
E passas a falar,
A gritar
Para o mundo.

Pollyanna Gomes

Morto

As flores estão mortas
O dia está morto
O sorriso está torto
A alma se anulou

As crianças estão mortas
A natureza está morta
A consciência está morta
Morto, morto, lodo.

VIDA/MORTA
A criatividade está morta
A felicidade está morta
O eterno está morto, retorno
Pouco gosto [SEResteMUNDO]
Eu estou morto.

Philippe Wollney

Banidos

Olha ali
Os banidos do mundo.
Espia ali
Os expulsos do paraíso.

Eles choram rios e rios
Causando enchentes nas ruas.
Foram crucificados em cruzes invisíveis
E obrigados a mendigar.

A cigarra que canta
É a única música que escutam
E a chuva que cai
É o único meio de lavarem a mão...

...que recebeu a mísera esmola.

Mayra Le Fay

Inventário (IV)

Alto é o preço que se paga
Pra ter uma vida bonita
Carece rara riqueza
Sabiamente cultivada

Grande é a luta que se trava
Pra se conservar inteiro
Há que armar-se da energia
Dum coração de menino

Conservar-se eterna onda
Desse mar que nunca causa
Faz vencer dos desafios
O maior, o derradeiro.

Marcelo Arruda

Inventário (III)

Sobre viver
Importa mais que seja transitivo
Pra vermos um tecido definido
Traçado por mil linhas transitórias.

Sobreviver
Mesmo que seja fruto de mil mortes
Transcende a carne de que se alimenta
Preserva o verbo de que se origina.


Marcelo Arruda

Inventário (II)

A ti, que hoje me amas
O eu mais nu e verdadeiro
As franquezas mais secretas
A ti que hoje me amas.

A ti, que hoje me lês
Meu sonho mais povoado
Meus símbolos mais sagrados
A ti que hoje me lês.

A ti que hoje me tocas
Meu canto mais afinado
Meu sentido mais vibrátil
A ti, que hoje me tocas.


Marcelo Arruda

Inventário (I)

Pros presentes um presente
Do passado e conseqüência

Para a companheira a flor
De amor em campo sem tempo

O futuro a um deus sem nome
Que empresta estações à vida

Marcelo Arruda

Inventário

Depois de quatro anos,
“ya no somos los miesmos”
Mas! Quanto temos sido!

Apesar de quatro anos
Vibro a cada vez que te tenho
Às vezes com a mesma ansiedade
Das vezes primeiras
Dos encontros fortuitos.

Ainda que só quatro anos,
Já penso que te conheço
E tu também, até certo ponto.

À mercê de serem quatro anos,
Farei uma nova cabala
Do número mais imperfeito
Que, par em par,
Da vida fala.

E, mesmo que te fira a fala,
Um verso pé quebrado
Proverá
Que a vida fala
Por métrica diversa,
Avessa ao sonho, à fala.

Marcelo Arruda

NEVITAVELMENTE UTÓPICA

Se eu renegar minha utopia
Como vou pensar na linha do horizonte?
E como vou ultrapassá-la?
Como vou formatar 'porquês'
Ou construir minha filosofia?
Me diz você
Que se incomoda com minha utopia.
Onde vai morar as poesias?
Quem vai cantar as melodias?
Quando ocorrerá a hegemonia?
Me responde você
Que quer fazer de mim
A comum alienada
Subordinada
Me responda agora!
Afinal é você
Que acha que a dramaturgia
Vai fazer esquecer o entediado dia.
Espera!
Antes que tome teu fôlego
Digo-te sem receio
Não vou deixar de lado minha alegria
Minha fantasia. Minha nostalgia.
Mas deixo pra você toda essa agonia
Todo esse conformismo
Convencionalismo barato.
E antes que recue
(amedrontado com minhas palavras)
Escarro-te na cara
Que não sou impotente
Muito menos hipotética
Eu sou utópica
Pois não,
Não renego minha UTOPIA!

Marcelly Vidal

Risque rabisque

Há quem flores
há quem fitas
há quem esconda
quem permita
há coisas
telas
tintas

Há tantos livros
tantos títulos
há quem trace
há quem trave
quem só torça
quem só cave
tantos lances
tantos impasses

Há tantos quantos
que nem se sabe
quem flores
quem fitas
quem se esconde
ou se permita

Quem se arrisca?

José Torres (verso avesso/1987)

[ ***]

acho que tenha perdido no caminho aquele que
se dizia eu.
dona de casa relapsa
amante pela metade
de quem estava sendo, agora fui
sem mais poemas mesmo agora em que pela força
me entrego - à força, à forca

era em desejo comedido que eu lia João Cabral
por falta de braço perna barba que perambulava
por uma casa
que por mais conhecida
não era onde eu morava
não descansava acendia vela cheiro de whisky
Segundas-feiras em pé de:
é hoje que eu vou embora
vou embora pra Recife
lá sou amiga sem amigos
escolho o que eu quero de acordo com o que me é oferecido

era aquela foto que não houve
pergunta desfeita
fazer
o que não fosse mais que animal e humano
na toalha da mesa em que almoçamos em família.

Carol Vitall

Um suor, dois corpos.

O medo, antes tão forte,
Pequeno fica diante do amor.
Amor que tenho como norte
Amor que me faz mais forte

A luz ausente não apaga
O brilho no olho da menina
Que irradia uma áurea
De luz divina

Engendro todos os músculos
Numa harmonia fina
No desconforto, sorrisos.
No sabor, ah... no sabor

Peles se unem
O surreal se contempla
Um suor para dois
Dois corpos para um

A pulsação diminui
O silêncio acalma.
A alegria flui
Do homem a mulher amada

E sem perceber
Olhos se fecham
Dedos entrelaçados
Amores amados

Caio Dornelas

Andorinha

Ando
E adoro
Andorinha
Cantar.

Vejo
No verão
Todas alegres
A cantar.

Triste
Elas ficam
Quando inverno,
Chegar.

Ademauro Coutinho

Manifesto

Escolhemos o êxtase como estado emocional
Escolhemos o amor como nutriente
Escolhemos a tecnologia como vício
Escolhemos a música como religião
Escolhemos o conhecimento como moeda
E não escolhemos nada como política
Escolhemos a utopia como sociedade, ainda que saibamos que nunca acontecerá

Você pode nos odiar
Você pode nos ignorar
Você pode não nos entender
Você pode nem mesmo saber da nossa existência
Nós apenas esperamos que você não se importe em julgar-nos

Porque nós nunca julgaremos você

Nós não somos criminosos
Nós não somos desiludidos
Nós não somos viciados em drogas
Nós não somos crianças ingênuas
Nós somos uma massa, uma aldeia tribal global que transcende as leis feitas
pelo homem, a física, a geografia e o próprio tempo

Nós somos A Massa
Uma Massa

No princípio fomos tragados pelo som vindo de longe, trovejando, abafado,
ecoando uma batida comparada com o
coração de uma mãe acalmando uma criança em seu útero de concreto, Metal e fios elétricos

Nós fomos sugados de volta pra dentro deste útero, e lá dentro, no seu
calor, na sua umidade e escuridão
nós chegamos a aceitar o fato de que somos todos iguais não apenas perante a escuridão e para nós mesmos
mas perante essa mesma música batendo em nós e passando através de nossas almas:
nós somos todos iguais e em algum lugar próximo a 35hz nós podemos sentir a mão de Deus em nossas costas

nos empurrando pra frente
nos forçando a fortalecer nossas mentes


nossos corpos e nossos espíritos
nos levando a virar para a pessoa
do nosso lado e juntar as mãos
levá-las pra cima dividindo a incontrolável
alegria que nós sentimos pela criação desta bolha
mágica que pode, por uma noite, proteger-nos dos horrores, atrocidades e
poluição do mundo exterior.
E foi nesse exato instante, com essas percepções iniciáticas, que cada um de
nós realmente nasceu
E nós continuamos a espremer nossos corpos em clubes, ou galpões,
ou prédios q foram abandonados ou deixados por nada e nós trazemos vida para esses lugares por uma noite

vida forte, latente, vibrante em sua forma mais pura, mais intensa e mais hedonista
nesses espaços temporários, nós buscamos nos livrar do
fardo da incerteza pelo futuro que vocês não foram capazes
de estabilizar para nós

Nós buscamos ignorar nossas inibições, e livrar-nos das algemas e restrições
que vocês colocaram em nós
para a paz das suas próprias mentes

Nós buscamos reescrever a programação em que vocês tentaram nos doutrinar
desde o minuto em que nós nascemos.
Programação que nos diz para odiar
nos diz para julgar
que nos diz para nos enfiarmos dentro do ninho de pombo
mais próximo e conveniente possível.

Programação que até mesmo nos diz para subir escadas por vocês
pular através de aros
correr em labirintos e em rodas de hamsters
Programação que nos diz para comer da brilhante colher de prata com a qual
vocês tentam nos alimentar ao invés de nos nutrir com
nossas próprias mãos tão capazes.

Programação q nos diz para fechar nossas mente, ao invés de abri-las.
Até que o sol nasça para queimar nossos olhos ao revelar a realidade
distorcida de um mundo que vocês criaram para nós
nós dançamos vigorosamente com nossos irmãos e irmãs em celebração da nossa
vida, da nossa cultura e dos valores nos quais nós
acreditamos:

Paz, Amor, Liberdade, Tolerância, Unidade, Harmonia,
Expressão, Responsabilidade e Respeito

Nós escolhemos a ignorância como nosso inimigo
Nós escolhemos a informação como nossa arma
Nós escolhemos o crime de burlar e desafiar quaisquer leis que vocês criem
para nos impedir de celebrar a nossa existência
Mas saiba que enquanto você pode acabar com qualquer festa
em qualquer noite
em qualquer cidade
em qualquer país ou continente deste lindo planeta,
você nunca poderá acabar com a festa inteira
Você não tem acesso a esse controle

Não importa o que você pense
a música nunca vai parar
A batida do coração nunca vai desaparecer
A festa nunca vai acabar...

AUTOR DESCONHECIDO.
12/10/2004 01:23

HILDEMÁRIO



HILDAMÁRIO

HILDEMÁRIO

HILDEMÁRIO



HILDEMÁRIO

02 setembro 2008

Poetas marginais e a feira livre de Goiana


Descrentes com o poder público, críticos da linguagem pseudo intelectual de muitos poetas, mas amantes das palavras, das entranhas do homem e seus arquétipos mais feios ou belos. Estes são os integrantes do movimento cultural goianense “Silêncio Interrompido”, que no dia 30 de agosto ousaram declamar seus versos e prosas na feira livre, auxiliados apenas por um microfone e uma bicicleta de som estridente.

Um dos idealizadores do projeto é o poeta marginal Philippe Wollney, que também é músico e toca guitarra na banda “flores Mortas” (mas, esse já é um outro e bom assunto...). Para ele a poesia serve a todo tipo de pessoas. “Para os nossos versos os bêbados nos servem, as prostitutas nos servem, os mendigos e maltrapilhos nos servem!”, bradava diante de atônitos transeuntes.

O grupo também conta com outros talentosos poetas como Ademauro Coutinho, Sandro Gonzaga e Thiago Albert. Cada qual escrevendo sobre seus próprios universos e utilizando-se de estéticas genuínas. Porém, sempre tendo como tema aquilo que fica à margem dos olhos da sociedade.

fonte: http://anoticiaporfelipedeandrade.blogspot.com